A BYD, gigante chinesa, pretende iniciar a produção local de carros elétricos na Europa em até três anos. A empresa visa evitar tarifas da União Europeia, focando em uma estratégia de produção mais próxima do mercado europeu.
Stella Li, vice-presidente da BYD, confirmou a construção de fábricas na Hungria e Turquia, com produção prevista para começar em 2026. A montadora também planeja intensificar a venda de veículos híbridos plug-in, que já mostram sucesso entre os consumidores, especialmente no Reino Unido.
Em busca de atender à demanda europeia, a BYD projeta disponibilizar mais modelos híbridos em breve. Apesar do crescimento global, a BYD enfrenta oscilações nas vendas na China, mas mantém uma posição de destaque no mercado, se preparando para um futuro otimista na Europa.
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A gigante chinesa BYD, principal montadora da China, tem planos ambiciosos para o mercado europeu de carros elétricos para a Europa. A empresa pretende fabricar seus veículos localmente em um prazo de três anos, evitando, dessa forma, as tarifas impostas pela União Europeia. Além disso, a BYD aposta nos veículos híbridos plug-in (PHEV) como carro-chefe de suas vendas na região em um futuro próximo.
A vice-presidente executiva da BYD, Stella Li, revelou à Reuters, durante o salão do automóvel IAA Mobility em Munique, que a empresa está se preparando para adotar uma postura mais europeia em sua produção. Atualmente, a BYD está construindo fábricas na Hungria e na Turquia, com previsão de início de produção ainda este ano e em 2026, respectivamente.
Essa estratégia de produção local visa contornar as tarifas que a União Europeia implementou sobre os veículos elétricos fabricados na China. A UE alega que as montadoras chinesas se beneficiam de subsídios governamentais, o que motivou a imposição dessas taxas.
Questionada sobre o tempo necessário para que a BYD produza todos os veículos elétricos necessários para atender à demanda europeia, Stella Li respondeu que seriam necessários de dois a três anos. Inicialmente, a BYD vendia apenas carros totalmente elétricos na Europa, mas, no final do ano passado, anunciou que também começaria a comercializar híbridos plug-in.
Esses veículos têm se mostrado populares entre os consumidores, e, no Reino Unido, por exemplo, o modelo mais vendido da montadora é um híbrido plug-in (PHEV). Stella Li informou que a BYD lançará mais três a quatro PHEVs nos próximos seis meses, com a expectativa de que em breve superem as vendas de modelos totalmente elétricos na Europa.
“Nos próximos um ou dois anos, nossos híbridos plug-in dominarão as vendas” na Europa, afirmou a executiva. Além disso, a BYD planeja lançar sua marca de luxo Yangwang na Europa em 2027. As vendas globais da BYD tiveram um crescimento expressivo, atingindo 4,2 milhões de carros em 2024, dez vezes mais que em 2019. Apesar desse sucesso, a empresa enfrentou alguns meses de queda nas vendas e na produção na China, o que Stella Li considera normal após um período prolongado de crescimento.
A executiva ressaltou que a BYD continua sendo a número um na China e que a empresa está satisfeita com os resultados. Ela mencionou que, nos últimos anos, a participação da BYD como número um foi muito alta, e que agora a empresa está voltando à normalidade. As vendas da empresa ainda apresentam um crescimento de dois dígitos este ano, e Stella Li acredita que o crescimento da BYD em 2025 será impulsionado pelas vendas fora da China.
De acordo com a nova política do governo chinês, o presidente da BYD, Wang Chuanfu, de 59 anos, pode ter que se aposentar no início de 2027. Questionada sobre um possível plano de sucessão e sobre quem poderia substituir Wang, Stella Li preferiu manter o mistério, afirmando que “vamos manter isso em segredo”.
Via Forbes Brasil
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