As exportações de café do Brasil para os Estados Unidos experimentaram uma queda acentuada em agosto, com uma redução de 55,24% em relação ao ano anterior, de acordo com o Cecafé. Essa retração é um reflexo das novas tarifas impostas pelo governo americano, que afetaram diretamente as vendas de um dos principais produtos brasileiros, o café.
A sobretaxa de 50%, aplicada a partir de 6 de agosto, foi apontada como a principal razão para a diminuição das exportações. Além disso, problemas logísticos nos portos e a menor disponibilidade do produto após um período de exportações recordes também contribuíram para essa redução, que pode se intensificar nos próximos meses.
Os exportadores brasileiros buscam alternativas para amenizar o impacto das tarifas, propondo a inclusão do café em uma lista de exceções. Com os Estados Unidos sendo tradicionalmente o maior mercado de café do Brasil, a situação requer estratégias urgentes para evitar novas quedas nas vendas.
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As exportações de café aos EUA sofreram uma queda notável em agosto, impactadas diretamente pela implementação de novas tarifas. Dados do Cecafé indicam um recuo de 55,24% em comparação com o ano anterior. Essa retração também se manifesta ao comparar com a média dos últimos cinco anos, registrando uma diminuição de 54,88%.
De acordo com o Cecafé, a principal razão para essa diminuição é a sobretaxa de 50% imposta aos produtos brasileiros desde 6 de agosto. Essa medida, implementada pelo governo americano, afeta especialmente itens da balança comercial brasileira que dependem fortemente do mercado dos EUA, como é o caso do café.
Os Estados Unidos têm sido historicamente os maiores compradores de café do Brasil, com 7,46 milhões de sacas adquiridas na safra 2024/25, representando 16,4% das exportações totais do país. Em 2024, a receita gerada pelas vendas de café aos EUA atingiu US$ 1,89 bilhão.
Além das tarifas, o Cecafé apontou gargalos nos portos como um fator adicional que prejudicou as exportações de café aos EUA no último mês. A menor disponibilidade de café após um período de exportações recordes em 2024 também contribuiu para o cenário.
A divulgação oficial dos dados de cada mês é feita pelo Cecafé na segunda quinzena do mês seguinte, devido ao tempo necessário para confirmar todos os embarques. Portanto, os números apresentados ainda podem sofrer pequenos ajustes.
Caso a situação não se altere, a expectativa do Cecafé é que a queda nas exportações de café aos EUA seja ainda mais acentuada em setembro, período em que normalmente se observa um aumento no volume de embarques da safra recém-colhida.
Paralelamente, os exportadores brasileiros estão buscando alternativas para mitigar os efeitos das tarifas, negociando a inclusão do café na lista de exceções. Representantes do Cecafé integram uma comitiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que se deslocou a Washington para dialogar com autoridades americanas.
As recentes mudanças nas políticas comerciais entre Brasil e Estados Unidos, como o tarifaço, geraram um impacto considerável nas exportações de café aos EUA, exigindo que os exportadores busquem novas estratégias para manter sua presença no mercado americano.
Via InfoMoney
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