Calor extremo na Europa e suas implicações para o planeta

Descubra como o calor excessivo na Europa reflete desafios ambientais globais.
02/07/2025 às 16:32 | Atualizado há 2 meses
Onda de calor na Europa
Calor intenso na Europa: 16 cidades na Itália em alerta e Torre Eiffel fechada para visitas. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A Onda de calor na Europa tem provocado temperaturas extremas, aproximando-se dos 38°C em diversas regiões, especialmente no sul. A situação é agravada pela crescente frequência e antecipação dessas ondas de calor, fenômenos que evidenciam os impactos das mudanças climáticas e aumentam o risco de incêndios. Diversas cidades emitiram alertas de calor, e medidas como o fechamento de pontos turísticos foram tomadas.

Na Itália, o calor intenso levou à emissão de alertas em pelo menos 16 cidades. Em Paris, o acesso ao topo da Torre Eiffel foi temporariamente suspenso para os visitantes. No sul da França, um reator nuclear precisou ser desligado devido ao risco que a descarga de água aquecida representava para a vida selvagem local.

O torneio de Wimbledon, em Londres, registrou o dia de abertura mais quente de sua história, com temperaturas acima de 32°C. Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudança Climática Copernicus, destaca que as temperaturas recordes demonstram a intensidade incomum do calor.

A Europa Ocidental enfrenta um forte sistema de alta pressão que retém o ar seco do norte da África, conforme informações da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Esse fenômeno é conhecido como “domo de calor”, que causa a compressão e o aquecimento do ar, suprimindo a formação de nuvens e intensificando a radiação solar.

A situação deve se agravar, com a expansão do calor intenso da França à Bélgica, Países Baixos e Alemanha. Em seguida, a onda de calor atingirá a Polônia. Especialistas alertam que as mudanças climáticas intensificam e tornam mais frequentes as ondas de calor.

A Europa, com uma população idosa significativa, é particularmente vulnerável aos efeitos adversos do calor na saúde. A OMM aponta que mais de dois terços das ondas de calor severas no continente ocorreram desde 2000. Peter Carter, do Climate Emergency Institute, adverte para um futuro sombrio, com o aumento contínuo da seca e do calor devido aos combustíveis fósseis.

Eventos climáticos extremos, como ondas de calor, tempestades e secas, tendem a se tornar mais comuns em todo o mundo, incluindo o Brasil. No Brasil, o verão foi o sexto mais quente desde 1961. O país registrou nove ondas de calor em 2023 e oito em 2024, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o número de dias com ondas de calor no Brasil aumentou significativamente nas últimas três décadas. O aquecimento global também está relacionado a variações bruscas de temperatura, como ondas de frio e eventos atípicos de neve e granizo.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.