Após a recente elevação da taxa de juros pelo Banco Central, atingindo o patamar de 15%, o ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto, manifestou sua opinião sobre a medida. Campos Neto, que durante seu mandato elevou a Selic de 2% para 13,75%, declarou que, em sua posição, teria tomado a mesma decisão, demonstrando concordância com a política monetária atual. Essa declaração vem em um momento de intensos debates sobre a condução da política econômica e o impacto das altas taxas sobre a economia brasileira.
Campos Neto enfatizou que a decisão de elevar a taxa de juros visou a credibilidade em relação ao custo monetário, dada a necessidade de reverter as expectativas desancoradas. Durante seu período à frente do Banco Central, ele enfrentou críticas e desafios, especialmente após a eleição de 2022, quando foi alvo de questionamentos sobre a política de juros adotada. Atualmente, Roberto Campos Neto ocupa o cargo de vice-chairman no Nubank, após ter deixado o Banco Central no início deste ano.
O aumento da taxa de juros para 15% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) sinaliza que a Selic deverá permanecer em patamares elevados por um período prolongado. A análise do UBS BB destaca que a comunicação do Banco Central indica uma postura cautelosa, com o objetivo de evitar apostas em cortes de juros no curto prazo, mesmo em 2025. Essa medida visa conter as expectativas de inflação e garantir a estabilidade econômica.
A decisão do Copom surpreendeu parte do mercado, que estava dividido entre a manutenção e um aumento de 0,25 ponto percentual, com uma probabilidade de 65% precificada para a elevação. A reação do mercado pode ser negativa, refletindo a preocupação com o impacto das altas taxas de juros sobre o crescimento econômico e os investimentos. O cenário econômico permanece incerto, com analistas monitorando de perto os próximos passos do Banco Central e seus efeitos sobre a inflação e a atividade econômica.
Via Money Times