Campos Neto pede cortes imediatos nos gastos públicos

Roberto Campos Neto destaca a necessidade de cortar gastos públicos agora para evitar crises futuras.
04/09/2025 às 15:42 | Atualizado há 2 semanas
Gastos públicos no Brasil
Governo deve decidir sobre o patamar econômico, segundo Roberto Campos Neto. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, destaca a urgência de definir os gastos públicos no Brasil. Durante um evento, ele alertou que a falta de ação imediata pode levar a consequências mais graves no futuro.

Ele analisa como a pandemia exacerbou os problemas fiscais, afetando até mesmo economias fortes como a dos EUA e Europa. Campos Neto enfatiza que as medidas tomadas durante esse período, incluindo aumento de gastos, ampliaram a inflação e afetaram a economia global.

O economista defende que cortar gastos de forma organizada é o caminho mais eficaz. Ignorar a situação fiscal agora pode agravar os problemas econômicos do Brasil, tornando as futuras medidas muito mais difíceis e custosas.
Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central e atual vice chairman do Nubank, alerta para a urgência de o governo brasileiro definir o patamar dos gastos públicos no Brasil. Segundo ele, a decisão precisa ser tomada o quanto antes para evitar cenários ainda mais críticos no futuro.

Em um evento da Nu Asset, Campos Neto debateu os principais desafios das economias brasileira e mundial. Ele destacou que o problema fiscal, antes restrito ao Brasil, agora se manifesta em grandes economias como Estados Unidos e Europa. A origem comum desses problemas, de acordo com ele, é a pandemia de Covid-19.

Durante a pandemia, houve uma forte coordenação entre as políticas fiscal e monetária. Governos aumentaram os gastos e bancos centrais reduziram as taxas de juros, evitando uma recessão ainda maior. No entanto, essas medidas trouxeram efeitos colaterais, como a inflação.

A alta dos preços foi impulsionada por juros menores, incentivando o consumo, e pela injeção de dinheiro na economia pelos governos. Campos Neto argumenta que o aumento da demanda foi um fator determinante nesse cenário inflacionário.

Atualmente, os países enfrentam o desafio de lidar com dívidas e juros mais altos, buscando combater a inflação. O ex-presidente do BC ressalta que essa combinação eleva o custo de rolagem das dívidas, impactando negativamente a economia.

Para equilibrar as contas públicas, muitos países têm optado por aumentar impostos, principalmente sobre empresas e o setor financeiro. Nos Estados Unidos, há uma tentativa de compensar os gastos fiscais por meio da taxação da balança comercial.

Campos Neto acredita que o aumento de impostos e tarifas pode afetar a produtividade mundial, elevando o custo de capital e, consequentemente, impactando a arrecadação dos governos. Ele defende que a melhor forma de resolver a instabilidade é através do corte de gastos, de forma organizada.

No entanto, a questão central é como o governo brasileiro irá abordar a questão dos gastos públicos no Brasil. A decisão sobre o nível de **gastos públicos no Brasil** terá um impacto significativo na economia e no futuro do país. Ignorar o problema fiscal agora pode levar a consequências mais graves e difíceis de serem resolvidas no futuro.

O debate sobre o controle dos gastos públicos no Brasil não é novo, mas a urgência em encontrar soluções eficazes é cada vez maior. A declaração de Campos Neto serve como um alerta para a necessidade de ações rápidas e coordenadas para garantir a estabilidade econômica e evitar um cenário de crise.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.