A Casas Bahia anunciou um plano para reestruturar sua dívida de R$ 3,3 bilhões, com conversão de debêntures e nova emissão de até R$ 3,9 bilhões. A iniciativa prevê diluição de acionistas entre 42% e 56%.
Bradesco e Banco do Brasil, principais credores, devem converter dívida em ações, aliviando a alavancagem da empresa que pode cair para 0,5x. A reestruturação elimina gastos financeiros anuais de R$ 450 milhões.
O processo visa transformar a Casas Bahia em uma operação com caixa líquido, mantendo o controle acionário da Mapa Capital e reduzindo significativamente o endividamento da varejista.
A Casas Bahia anunciou um plano para reestruturar sua dívida, que inclui a conversão das Séries 1 e 3 da 10ª emissão de debêntures, totalizando R$ 3,3 bilhões. Essa ação dará origem a uma 11ª emissão, com até quatro séries, sendo duas conversíveis em ações e outras duas com opções financeiras menos vantajosas, com descontos que podem chegar a 70%.
Bradesco e Banco do Brasil, que detêm cerca de 55% da Série 1, terão que converter suas dívidas em ações, enquanto os investidores da Série 3 poderão optar por não converter, embora isso seja pouco provável devido ao haircut elevado. A companhia espera que a maior parte dos credores escolha a conversão como opção mais racional.
O valor da nova emissão será de R$ 3,9 bilhões, incluindo uma margem para eventuais direitos de preferência de minoritários, que segundo fontes internas, não devem investir novos recursos por falta de incentivo econômico claro.
A reestruturação resultará em uma redução significativa da dívida da Casas Bahia, com possibilidade de eliminação quase total, o que deve transformar a empresa em uma operação com caixa líquido. A alavancagem reportada no terceiro trimestre era 1,9x, podendo chegar a 0,5x se excluídos riscos e fornecedores, colocando a varejista como uma das menos alavancadas do setor.
A troca da dívida por ações resultará na diluição dos acionistas atuais, que ficarão com entre 42% a 56% do capital. A Mapa Capital deve continuar seu controle acionário após o processo, mesmo com a redução da participação dos sócios existentes. A operação também eliminará gastos anuais da ordem de R$ 450 milhões em despesas financeiras.
Via Brazil Journal