O Grupo Casas Bahia iniciou um processo de reestruturação Casas Bahia após um desempenho financeiro positivo nos últimos seis trimestres. A empresa optou por antecipar a conversão das debêntures e reperfilou suas dívidas, buscando reforçar um crescimento sustentável. Assim, dois anúncios importantes foram feitos: a conversão total da Série 2 das debêntures e a renegociação das condições da Série 1.
Com a antecipação da Série 2, avaliada em R$ 1,6 bilhão, a companhia espera fortalecer sua estrutura financeira. Essa operação permitirá transformar dívidas em ações, reduzindo o endividamento de forma substancial e aumentando a capacidade de geração de caixa. Com essa mudança, a dívida bruta passará de R$ 5,8 bilhões para R$ 4,2 bilhões, e a dívida líquida com fornecedores passará de R$ 3,3 bilhões para R$ 1,8 bilhão.
A nova estratégia também implica na emissão de aproximadamente 329 milhões de novas ações ordinárias, com um cronograma de lock-up de 16 meses. O preço para conversão dessas ações será baseado na média ponderada das ações nos últimos 90 dias, com um desconto de 20%. De acordo com Renato Franklin, CEO do grupo, essa ação é um passo primordial na desalavancagem da empresa, garantindo uma operação com menos dívida e maior previsibilidade financeira.
Além disso, a Série 1 das debêntures, que possui várias condições que precisam ser renovadas, terá seu cronograma alterado. O primeiro pagamento de principal será transferido para novembro de 2027, ao invés de 2026, permitindo a preservação de cerca de R$ 400 milhões nos próximos dois anos. Essa manobra trará mais flexibilidade financeira à empresa, essencial nesse período de reestruturação.
As ações tomadas podem gerar economias de aproximadamente R$ 230 milhões em despesas financeiras anualmente, o que será crucial para a continuidade dos investimentos. A empresa se sente otimista em relação à nova fase que se aproxima, já que as últimas mudanças operacionais dão um viés positivo ao mercado.
A percepção de crédito da Casas Bahia deve melhorar com a redução do endividamento e o fortalecimento do capital. Isso não apenas garante uma imagem de maior capacidade de honrar compromissos, mas também diminui o custo de financiamento, criando um ambiente mais favorável para negócios e investimentos.
Com esses novos rumos, o foco da empresa é a expansão consciente, mirando cidades de médio porte nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Franklin considerou que, com a estrutura reorganizada, a companhia está apta para crescer com responsabilidade, solidificando sua posição no varejo brasileiro.
Via Exame