Durante as festas de fim de ano, o cérebro ativa diferentes circuitos para processar emoções variadas, como alegria e tristeza. Presentes e demonstrações de afeto estimulam áreas ligadas à recompensa e ao prazer, enquanto situações desconfortáveis podem provocar estresse e reações de luta ou fuga.
Esse período também promove a liberação de hormônios como a ocitocina, que favorece o sentimento de acolhimento e pertencimento. O cérebro assim consolida memórias importantes das celebrações, apesar do possível impacto negativo do cortisol em situações de estresse prolongado.
Essas respostas mostram a complexidade das experiências vividas no fim do ano, combinando momentos de cooperação, emoções intensas e, por vezes, desafios emocionais que refletem nas funções cerebrais.
Durante as festas de fim de ano, o cérebro ativa diferentes circuitos responsáveis por processar emoções, desde a alegria até a tristeza. A troca de presentes, por exemplo, estimula o circuito de recompensa, ligado à liberação de dopamina, enquanto situações desconfortáveis podem acionar o chamado circuito da dor social.
Esse processamento ocorre em várias regiões do cérebro, incluindo o hipocampo, amígdala, hipotálamo e córtex cerebral. Boas ações e demonstrações de afeto nas celebrações ativam estruturas como o estriado ventral e o córtex pré-frontal ventromedial, que avalia a relação entre esforço e recompensa. Esse mecanismo está ligado à cooperação humana e à sensação de prazer gerada por atos de generosidade.
No entanto, é comum que as festas também causem estresse, principalmente em famílias que enfrentam tensões ou perdas recentes. Nesses momentos, a amígdala ativa o sistema simpático do corpo, responsável pela reação de luta ou fuga, aumentando batimentos cardíacos e pressão arterial. O hormônio cortisol, liberado durante o estresse, pode prejudicar a memória se sua presença for prolongada.
Além disso, encontros familiares promovem a liberação de ocitocina, conhecida como “hormônio do amor”, que gera sentimentos de acolhimento e pertencimento. A intensidade emocional das celebrações também ajuda a consolidar memórias a longo prazo por meio da ativação da amígdala e do hipocampo. Por outro lado, o isolamento ou conflitos podem ativar o circuito da dor social, relacionado à sensação de exclusão e rejeição, processada em regiões associadas à dor física.
Assim, o cérebro responde às festas de fim de ano de forma complexa, combinando recompensas, estresse e memórias, refletindo a diversidade de experiências vividas nesse período.
Via Folha de S.Paulo