CFO da Vale afirma que volatilidade é para traders de câmbio

Em declaração recente, CFO da Vale comenta que apenas traders de câmbio apreciam a volatilidade do mercado.
26/07/2025 às 16:02 | Atualizado há 7 dias
Resultados da Vale
Vale (VALE3) deve enfrentar impacto limitado pelas tarifas de 50% dos EUA, diz CFO. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A **Vale (VALE3)** deve sentir um impacto mínimo das tarifas de 50% impostas pelo governo dos EUA ao Brasil. Quem afirma é o CFO da empresa, Marcelo Bacci, durante um evento da XP Expert. Apesar disso, Bacci ressaltou que o aumento das taxas pode influenciar o câmbio e as taxas de juros, gerando volatilidade nas operações da companhia. Atualmente, as exportações da mineradora para os Estados Unidos representam uma pequena parcela da sua produção, entre 1% e 2%.

A estratégia da Vale para mitigar esses efeitos inclui a utilização de hedge para se proteger das oscilações do dólar e a manutenção de uma estrutura empresarial com menos dívidas. Segundo Bacci, empresas que trabalham com commodities precisam ter um planejamento flexível, devido à dificuldade de controlar preços, câmbio e juros no Brasil. Manter uma baixa alavancagem e boa liquidez é essencial, já que os preços são imprevisíveis.

Ainda de acordo com o executivo, a alta do dólar pode impulsionar a receita da Vale, uma vez que a venda do minério é feita em dólar, enquanto os custos são em reais. No entanto, a companhia está focada em reduzir custos para aumentar sua eficiência. Bacci recorda que, no passado, a Vale já foi a mineradora com o menor custo do mundo, e o objetivo é retomar essa trajetória.

No cenário atual, o preço do minério de ferro tem apresentado queda devido aos temores de desaceleração da economia chinesa. No segundo trimestre, o preço médio realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 85, representando uma queda de 13,3% em relação ao período anterior, refletindo a redução dos preços de referência do minério.

Em relação aos Resultados da Vale, o mercado aguarda a divulgação do balanço, e diversas instituições financeiras já apresentaram suas estimativas. O Bradesco espera um Ebitda de US$ 3,2 bilhões, um valor 1% menor em relação ao trimestre anterior e 20% inferior na comparação anual. O Itaú BBA também manteve sua projeção de Ebitda em US$ 3,2 bilhões para o segundo trimestre.

Por outro lado, o Safra revisou suas estimativas de Ebitda de US$ 3,31 bilhões para US$ 3,55 bilhões, incorporando dados de embarques e preços realizados no trimestre, o que representa um aumento de 7% em relação ao consenso de US$ 3,3 bilhões. Segundo o Safra, os embarques de minério de ferro e níquel superaram ligeiramente as estimativas, e os preços realizados para minério de ferro, pelotas e níquel apresentaram melhorias modestas.

Via Money Times

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