Chatbots transformam o setor imobiliário como corretores virtuais

Descubra como chatbots estão revolucionando o mercado imobiliário brasileiro, trazendo eficiência e inovação na venda de imóveis.
27/08/2025 às 14:21 | Atualizado há 1 semana
IA na construção civil
Mia, a assistente virtual da MRV, revoluciona o atendimento e otimiza as vendas. (Imagem/Reprodução: Investnews)

A inteligência artificial (IA) está mudando o panorama do mercado imobiliário no Brasil, com empresas adotando chatbots como corretores virtuais. Essa nova abordagem visa aprimorar o atendimento e a eficiência operacional. A MRV, por exemplo, já utiliza IA generativa para otimizar vendas e aumentar a satisfação dos clientes.

A tecnologia não se limita ao setor de vendas. A Direcional e a Tenda também implementaram soluções de IA para melhorar processos de recrutamento e atendimento ao cliente. A automação de tarefas libera tempo para equipes dedicarem-se a atividades mais estratégicas, aumentando a produtividade geral das construtoras.

Apesar dos avanços, o uso de IA ainda é restrito em pequenas empresas. A perspectiva é que, com o avanço da digitalização, essa tecnologia se expanda e revolucione ainda mais o setor, automatizando tarefas e aumentando a competitividade no mercado.
A **IA na construção civil** está transformando o setor imobiliário, com empresas focadas em empreendimentos residenciais que buscam otimizar seus processos e aumentar a eficiência. Agentes de inteligência artificial, como assistentes virtuais, estão sendo implementados para automatizar tarefas e melhorar o atendimento ao cliente. Essa tecnologia permite que as empresas se tornem mais competitivas e ofereçam serviços de alta qualidade.

No Brasil, a adoção de agentes de IA tem se concentrado principalmente nas áreas de vendas, jurídico e recursos humanos, em vez de diretamente nos canteiros de obra. A MRV, uma das maiores construtoras do país, tem usado IA generativa para treinar seu chatbot de atendimento ao cliente, Mia, através do qual passam cerca de 70% das vendas do grupo. Essa ferramenta tem otimizado o processo de atendimento e aumentado a satisfação do cliente.

Reinaldo Sima, diretor de tecnologia e transformação digital da MRV, mencionou que em 2023 a empresa começou a explorar a IA generativa além da parte conversacional. O apoio da Mia reduziu o número de responsáveis pela recepção de leads na MRV de 100 para 20, permitindo que a construtora transferisse esses colaboradores para atividades de maior valor agregado. Além da Mia, a MRV possui outros agentes de IA, como a assistente virtual Susi e o suporte a corretores Marco.

A Direcional também começou a usar a IA de forma mais ampla em 2024, com aplicações no atendimento a clientes por meio de canais digitais e telefônicos, resultando em uma redução média de 25% no tempo de qualificação de um lead. O grupo também utiliza a tecnologia em processos de recrutamento e seleção, bem como no departamento jurídico. Eduardo Mocarzel, superintendente de núcleo digital da Direcional, afirma que a automação de processos já economiza mais de 10 mil horas de trabalho para as equipes mensalmente.

A construtora Tenda, que já utiliza a assistente virtual Tais desde 2020, intensificou o uso de grandes modelos de linguagem (LLMs) de IA, lançando uma plataforma que integra tecnologias como ChatGPT, Claude e Gemini em um ambiente privado. Igor Gomes, diretor de tecnologia da informação da Tenda, ressalta que a empresa está capacitando suas equipes a criar agentes digitais para solucionar problemas do dia a dia, como a interpretação de documentos jurídicos e a compilação de informações em recursos humanos.

No segmento de alto e médio padrão, a construtora Eztec lançou em outubro do ano passado a ferramenta conversacional Tec.IA, para auxiliar os corretores da sua imobiliária Tec Vendas. De acordo com Tellio Totaro, superintendente de incorporação, essa implementação ajudou a Eztec a reduzir pela metade o tempo de conversão em um ciclo de vendas, passando de cerca de um mês para 15 dias. O próximo passo é o desenvolvimento de uma aplicação para atendimento ao cliente.

Embora o uso de agentes de IA na construção civil esteja se tornando realidade, ele ainda está em seus estágios iniciais e sua aplicação é limitada, especialmente em construtoras menores. Dionyzio Klavdianos, vice-presidente da comissão de materiais, tecnologia e produtividade da Cbic, observa que as grandes empresas têm mais condições de investir em pesquisa e tecnologia. O uso em processos de engenharia e nos canteiros de obras também é mais restrito do que em processos administrativos e gerenciais.

Apesar dos desafios, a perspectiva é que a IA na construção civil continue a evoluir e transformar o setor. A robotização e a automação de tarefas nos canteiros de obras são visões de futuro que podem se tornar realidade com o avanço da digitalização.

Via InvestNews

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.