China e Brasil uniram forças para montar um laboratório conjunto focado em tecnologia de radioastronomia, envolvendo universidades da Paraíba e Campina Grande. Essa iniciativa visa fortalecer a pesquisa astronômica e a observação do espaço profundo.
Além de fortalecer laços científicos, o projeto ocorre em meio a pressões internacionais para limitar cooperações espaciais na América Latina. O país asiático e o Brasil também colaboram no radiotelescópio BINGO, maior da América do Sul, que deve ficar pronto em 2026.
O laboratório terá papel crucial na identificação de objetos próximos à Terra e na segurança espacial. A cooperação amplia a presença chinesa na área, destacando sua influência científica e diplomática global.
A China e o Brasil firmaram um acordo para montar um laboratório conjunto voltado à tecnologia de radioastronomia. O Instituto de Pesquisa em Comunicações de Rede da estatal chinesa CETC assinou parceria com as universidades federais da Paraíba e de Campina Grande para criar o Laboratório Conjunto China-Brasil de Tecnologia de Radioastronomia.
Esse novo espaço vai focar em pesquisas de fronteira para a observação astronômica e a exploração do espaço profundo. A cooperação ocorre apesar das pressões recentes dos Estados Unidos, que buscam limitar laços na América Latina relacionados ao setor espacial.
Além do laboratório, China e Brasil colaboram no radiotelescópio Bingo, projetado para estudar o Universo e a energia escura. A estrutura principal do telescópio, considerada o maior radiotelescópio da América do Sul, foi concluída na China e transportada para o Brasil, com a conclusão prevista para 2026.
O equipamento também terá um papel importante na identificação de objetos próximos à Terra que possam representar riscos. Radiotelescópios desse porte são fundamentais para monitorar o espaço e coordenar ações como o uso de armas antissatélite, segundo relatório da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA.
Nos últimos 20 anos, a China tem expandido sua presença espacial oferecendo satélites, treinamento e instalações, buscando consolidar sua influência científica e diplomática na Ásia, África e América do Sul.
Via Folha de S.Paulo