China determina suspensão na compra de jatos da Boeing por companhias aéreas, segundo Bloomberg

Companhias aéreas da China são ordenadas a parar a compra de jatos da Boeing, conforme relatório da Bloomberg.
15/04/2025 às 09:02 | Atualizado há 3 meses
Compra de jatos da Boeing
Pequim proíbe compra de equipamentos aeronáuticos de empresas dos EUA por companhias chinesas. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Diante das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, a **compra de jatos da Boeing** tornou-se um ponto sensível. A _Bloomberg News_ reportou que, em resposta às tarifas impostas pelo então presidente Donald Trump sobre produtos chineses, a China ordenou que suas companhias aéreas suspendam o recebimento de novas aeronaves da Boeing. Essa medida impactou as ações da Boeing, que viram uma queda de 3% antes da abertura dos mercados.

Pequim também determinou que as empresas aéreas chinesas interrompessem a aquisição de equipamentos e peças de aeronaves de empresas americanas. Essa decisão pode levar a um aumento nos custos de manutenção das aeronaves em operação no país. A disputa tarifária entre as duas potências econômicas tem gerado incertezas no mercado global, afetando diversos setores, incluindo o da aviação.

A retaliação chinesa veio na forma de aumento das sobretaxas de importação sobre produtos americanos, elevando-as para 125%. O governo chinês estuda maneiras de auxiliar as companhias aéreas que alugam aeronaves da Boeing e que agora enfrentam despesas mais elevadas. Procurada pela _Reuters_, a Boeing não se manifestou sobre o assunto.

A imposição de uma tarifa de 125% sobre os jatos da Boeing destinados às companhias aéreas chinesas eleva consideravelmente o custo dessas aeronaves. Isso representa um desafio financeiro para essas empresas, que podem ser levadas a buscar alternativas como a Airbus e a fabricante nacional COMAC. As três maiores companhias aéreas da China – Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines – planejam receber, respectivamente, 45, 53 e 81 aeronaves da Boeing entre 2025 e 2027.

Analistas apontam que essa guerra tarifária pode prejudicar o comércio entre as duas maiores economias do mundo, cujo volume de negócios ultrapassou US$ 650 bilhões em 2024. Apesar de Trump ter expressado satisfação com a taxação dos produtos chineses, ele também sinalizou a possibilidade de um acordo com Pequim, embora ainda não tenha sido alcançado.

Via InfoMoney

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