A China divulgou dados preocupantes sobre sua economia, evidenciando um declínio na produção industrial e um arrefecimento nas vendas do varejo. Em julho, a produção industrial subiu apenas 5,7%, sendo essa a menor alta em oito meses. As vendas no varejo, por sua vez, avançaram apenas 3,7%, representando o ritmo mais lento desde dezembro de 2024.
Esses números refletem diversos desafios, como as guerras comerciais e a competição acirrada no mercado interno. Além disso, a fragilidade do setor imobiliário continua a ser uma preocupação crescente. A expectativa de crescimento é mínima, mesmo com medidas governamentais, já que a demanda queda pode impactar ainda mais os próximos trimestres.
As autoridades chinesas estão sob pressão para implementar estratégias de estímulo ao consumo. As expectativas são de que, a longo prazo, essas ações possam ajudar a minimizar os efeitos da desaceleração econômica e alcançar uma meta de crescimento de 5% até 2025.
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As recentes divulgações de dados econômicos da China trouxeram à tona um cenário de cautela. A desaceleração da produção industrial em julho, atingindo o menor patamar dos últimos oito meses, juntamente com o arrefecimento das vendas no varejo, intensificaram a pressão sobre as autoridades para a adoção de medidas de estímulo. O objetivo é reanimar a demanda interna e prevenir possíveis impactos negativos vindos de fatores externos.
O cenário atual impõe desafios multifacetados às autoridades chinesas, que incluem desde as políticas comerciais de Donald Trump até eventos climáticos extremos. Soma-se a isso a acirrada competição no mercado interno e a persistente fragilidade do setor imobiliário, exigindo respostas estratégicas e coordenadas.
Os dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China revelaram que a produção industrial registrou um aumento de 5,7% em julho, quando comparado ao ano anterior. Este resultado representa o menor índice desde novembro de 2024, contrastando com o aumento de 6,8% observado em junho. As projeções da Reuters, inclusive, apontavam para uma alta de 5,9%.
No que tange ao consumo, as vendas no varejo apresentaram um crescimento de 3,7% em julho, marcando o ritmo mais lento desde dezembro de 2024. Este desempenho ficou aquém do aumento de 4,8% registrado no mês anterior, bem como da expectativa de ganho de 4,6%.
Ainda que a trégua comercial firmada entre China e Estados Unidos em maio tenha sido prorrogada por mais 90 dias, evitando a elevação das tarifas sobre produtos chineses, os fabricantes locais continuam a sentir os efeitos da demanda fraca e da deflação dos preços ao produtor.
Segundo Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit, a economia chinesa tem dependido consideravelmente do apoio governamental. Contudo, Xu ressalta que tais esforços foram antecipados para os primeiros meses de 2025, o que resultou em um enfraquecimento do seu impacto no momento atual.
Apesar do suporte governamental ter contribuído para evitar uma desaceleração mais acentuada, juntamente com a antecipação das remessas por parte das fábricas, analistas advertem que a demanda interna ainda fraca e os riscos globais podem afetar o crescimento nos próximos trimestres.
O investimento em ativos fixos apresentou um aumento de apenas 1,6% nos primeiros sete meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este resultado ficou abaixo tanto da expectativa de aumento de 2,7%, quanto do crescimento de 2,8% registrado no primeiro semestre.
Yuhan Zhang, economista principal do China Center do The Conference Board, pondera que as empresas podem estar priorizando a utilização da capacidade existente em vez de investir na construção de novas fábricas.
Diante deste cenário, o governo chinês tem intensificado as medidas de estímulo ao consumo interno e promovido ações para restringir a concorrência excessiva de preços. O objetivo é impulsionar o crescimento econômico e alcançar a meta estabelecida para 2025, que é de aproximadamente 5%.
Via InfoMoney
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