China impõe medidas contra Google e reforça restrições a empresas dos EUA

China impõe medidas contra Google e outras empresas americanas em retaliação a novas tarifas. Saiba mais sobre as implicações dessa decisão para o mercado tecnológico.
04/02/2025 às 11:21 | Atualizado há 5 meses
China impõe medidas contra Google
China impõe medidas contra Google

A China anunciou diversas medidas contra empresas americanas, incluindo o Google, fabricantes de equipamentos agrícolas e a PVH Corp (dona da Calvin Klein). Essa ação ocorreu logo após os EUA aplicarem novas sobretaxas em produtos chineses. A China impõe medidas contra Google e outras empresas como retaliação a essas novas tarifas. Pequim também impôs tarifas a produtos americanos, como carvão, petróleo e alguns automóveis.

A Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China investiga o Google por suposta violação da lei antimonopólio. Ainda não há detalhes sobre a investigação ou as ações do Google. A receita do Google na China é pequena, representando apenas cerca de 1% do faturamento global. Apesar disso, a empresa mantém parcerias com anunciantes chineses. Um centro de inteligência artificial do Google na China foi fechado em 2019. A empresa afirma não conduzir pesquisas de IA no país atualmente.

O Ministério do Comércio da China incluiu a PVH Corp e a Illumina numa lista de “entidades não confiáveis”. A justificativa é que ambas teriam tomado “medidas discriminatórias contra empresas chinesas”, prejudicando seus direitos e interesses. Empresas na lista negra chinesa podem sofrer multas e outras sanções, incluindo o congelamento de comércio e revogação de permissões de trabalho. Representantes do Google, PVH e Illumina não se pronunciaram imediatamente. A PVH já estava sob escrutínio na China por conduta considerada “imprópria” em Xinjiang.

A Capital Economics observa que as tarifas poderiam ser adiadas ou canceladas, e a investigação contra o Google pode não resultar em penalidades. A China também anunciou tarifas de 10% sobre equipamentos agrícolas americanos, afetando empresas como Caterpillar, Deere & Co e AGCO. Um pequeno número de picapes e sedãs grandes dos EUA também está sujeito a essa tarifa. Isso pode afetar a Cybertruck da Tesla, que aguarda aprovação para vendas na China. Uma publicação chinesa, rapidamente removida, classificou a Cybertruck como “carro de passeio”. Essa classificação, caso mantida, acarretaria uma sobretaxa de 10%. A Tesla não comentou o assunto.

As novas tarifas sobre produtos americanos entram em vigor em 10 de fevereiro. As medidas anunciadas intensificam as restrições comerciais entre China e EUA, que se concentravam no setor de tecnologia. A Casa Branca busca frear o avanço chinês em chips e inteligência artificial. Em dezembro, a China investigou a Nvidia por suspeita de violação antimonopólio, ação vista como retaliação às restrições americanas ao setor de chips chinês. Produtos da Intel na China também passaram por uma revisão de segurança no final do ano passado.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.