China lidera discussões climáticas na COP30 com ausência dos EUA em Belém

EUA não participam da COP30 em Belém, abrindo espaço para a China liderar debates sobre energia limpa e sustentabilidade.
16/11/2025 às 13:42 | Atualizado há 18 horas
               
COP30 em Belém
Executivos e diplomatas reforçam poder e estratégia do país em Belém. (Imagem/Reprodução: Forbes)

A ausência inédita dos Estados Unidos na COP30, que ocorrerá em Belém, marcou uma mudança significativa na diplomacia climática global. Com a falta dos EUA, a China ganhou protagonismo nas negociações e debates sobre o futuro ambiental do planeta.

A delegação chinesa trouxe diplomatas e líderes do setor de energia limpa, destacando projetos e tecnologias sustentáveis. Além disso, representantes chineses como Meng Xiangfeng e Li Gao reforçaram o comprometimento do país com o Acordo de Paris e o apoio a outras nações em desenvolvimento.

Especialistas e políticos alertam que a ausência dos EUA pode enfraquecer as negociações, enquanto a China expande sua influência nas tecnologias verdes. A COP30 em Belém se tornou palco para consolidar essa nova dinâmica, evidenciando o papel crescente da China no cenário climático mundial.
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A ausência dos Estados Unidos na cúpula climática anual da ONU, algo inédito em três décadas, abriu espaço para a China assumir um papel de liderança na luta contra o crise climática. A COP30 em Belém, que será realizada em breve, será palco para discussões sobre o futuro do planeta. A delegação chinesa, composta por diplomatas e executivos de empresas de energia limpa, busca construir um futuro mais verde e garantir conversas construtivas.

O pavilhão chinês se destaca na entrada da conferência, onde serão apresentadas visões e projetos de um futuro sustentável. A mudança de postura da China reflete uma transformação na dinâmica global da diplomacia climática, especialmente com o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA. O governo americano retirou o país do Acordo de Paris e não enviará representantes oficiais para a cúpula este ano.

Críticos alertam que essa ausência dos EUA pode enfraquecer as negociações climáticas, enquanto a China expande seus setores de energia renovável e veículos elétricos. Gavin Newsom, governador da Califórnia, enfatizou a importância de os Estados Unidos se atentarem ao avanço chinês nas cadeias de suprimentos e na fabricação de tecnologias limpas.

O pavilhão da COP30 em Belém dedicado à China oferece café sustentável, brindes e apresentações de líderes chineses e executivos do setor de energia renovável. Meng Xiangfeng, vice-presidente da CATL, destacou o compromisso da empresa em construir um mundo mais limpo, honrando o Acordo de Paris. A CATL, que fornece baterias para grandes montadoras como Tesla, Ford e Volkswagen, participa pela primeira vez de uma COP.

Li Gao, vice-ministro de ecologia da China, ressaltou que a liderança do país na produção de energia renovável beneficia outras nações, especialmente no Sul Global. Empresas como State Grid, Trina e Longi também farão apresentações durante o evento. A BYD, montadora chinesa de veículos elétricos, apresentará uma frota de carros híbridos compatíveis com biocombustível, fabricados em sua unidade na Bahia.

André Corrêa do Lago, presidente da COP, e Ana de Toni, presidente-executiva da COP30 em Belém, reconheceram a liderança chinesa em tecnologias de energia limpa. De Toni afirmou que a escala de produção da China permite a compra de produtos de baixo carbono a preços competitivos. Ela também enfatizou o compromisso da China em fortalecer a governança climática e apoiar outros países.

Nos bastidores, a China tem atuado de forma mais discreta, buscando um consenso entre os países. Um diplomata de uma economia emergente afirmou que a China está se consolidando como garantidora do regime climático. Um diplomata brasileiro destacou o papel fundamental da China na definição da agenda da COP30.

Sue Biniaz, ex-enviada climática dos EUA, observou que a China tem a capacidade de unir diferentes interesses do mundo em desenvolvimento. Li Shuo, observador das negociações climáticas da ONU, argumenta que a liderança tecnológica da China já demonstra sua posição política, tornando as promessas da ONU viáveis.

A COP30 em Belém representa um momento crucial para o futuro das discussões climáticas globais. A China, com sua crescente influência e investimentos em tecnologias de baixo carbono, tem a oportunidade de moldar um futuro mais sustentável para o planeta.

Via Forbes Brasil

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.