China melhora imagem de mercado acionário e atrai investidores globais

Após mudanças no mercado, China volta a atrair investidores com inovações.
16/09/2025 às 06:01 | Atualizado há 4 dias
Investimento na China
Investidores estrangeiros retornam em massa aos mercados acionários da China. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Investidores globais retomam confiança no mercado de ações da China, impulsionados por inovações tecnológicas. O desejo de diversificar investimentos fora dos Estados Unidos tem atraído novos aportes, sinalizando uma mudança positiva no cenário econômico chinês.

O avanço nas áreas de inteligência artificial, semicondutores e medicamentos tem gerado otimismo entre investidores. Apesar de tensões comerciais e restrições impostas pelos EUA, o mercado chinês demonstra potencial, refletido no aumento do índice Shanghai Composite.

Entretanto, desafios econômicos ainda persistem, como a queda no investimento estrangeiro direto. A constante pressão deflacionária requer cautela, mas a busca por oportunidades é evidente, com uma crescente valorização do mercado acionário, que totaliza US$ 19 trilhões.
Investidores estrangeiros estão retornando ao mercado de ações da China, impulsionados por avanços tecnológicos e o desejo de diversificar seus portfólios além dos ativos dos Estados Unidos. Após um período de retração, a China volta a atrair o interesse global, sinalizando uma mudança de percepção sobre o potencial de investimento na China.

O progresso chinês em inteligência artificial, semicondutores e medicamentos inovadores tem tranquilizado investidores globalmente. Apesar das restrições de exportação de tecnologia pelos EUA e tensões comerciais, a inovação na segunda maior economia do mundo parece não ter sido interrompida.

A trégua tarifária entre EUA e China, junto com um ambiente de afrouxamento monetário doméstico, elevou o otimismo do mercado. O índice Shanghai Composite alcançou seu nível mais alto em dez anos, enquanto as ações de Hong Kong atingiram o pico em quatro anos. Esse cenário positivo pode ser fortalecido com o retorno de investidores estrangeiros.

Segundo Brett Barna, ex-gestor de hedge fund, a China se destaca por sua baixa correlação com outros mercados globais. Ele planeja criar uma plataforma de investimentos para facilitar o acesso de capitais dos EUA e Europa ao mercado chinês.

Dados recentes mostram um crescente entusiasmo pelo mercado acionário chinês, que inclui Hong Kong e totaliza US$ 19 trilhões. Em agosto, fundos de hedge globais registraram o maior volume de compras de ações chinesas em seis meses, conforme relatório do Morgan Stanley.

Além disso, dados da Morningstar revelam uma diminuição no número de novos fundos de ações de mercados emergentes que excluem a China. O diretor de investimentos da Allianz Global Investors, Zheng Yucheng, destaca que a China é agora vista como uma classe de ativos independente e essencial.

Gestores de ativos como a Polar Capital aumentaram sua exposição à China, impulsionados por avanços como o da DeepSeek, criadora de uma IA que compete com o ChatGPT. Benjamin Low, da Cambridge Associates, relata um aumento significativo no interesse de clientes por fundos chineses.

Apesar do otimismo, a economia chinesa ainda enfrenta desafios, como mostram os dados de produção industrial e vendas no varejo. O investimento estrangeiro direto também apresentou queda, levando o governo a anunciar medidas para reverter essa tendência.

Alexander Redman, da CLSA, menciona que a pressão deflacionária na economia impede uma postura totalmente otimista. Para Wu, da Polar Capital, o crescimento da IA precisa se traduzir em benefícios econômicos reais para sustentar o rali do mercado além de 2025. Cheng Yu, da Allianz, ressalta que investidores estrangeiros estão focados na competitividade de longo prazo da China, indicando cautela e reavaliação antes de novos aportes significativos no investimento na China.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.