Após reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, a China começou a comprar soja dos EUA, ainda que em pequena escala. Traders observam se Pequim cumprirá a meta de 12 milhões de toneladas até o fim do ano.
A China, mercado importante para os agricultores americanos, usou a demanda por safras como barganha em disputas comerciais. Apesar da retomada das compras, soja dos EUA ainda sofre tarifa de 13%, que pesa na competitividade diante da soja brasileira.
Compras recentes também incluem trigo e sorgo, sinais de uma possível mudança nas relações comerciais. No entanto, a manutenção da tarifa e a escala dos acordos indicam que a disputa ainda persiste entre os países.
Após o encontro entre líderes, a China iniciou **compras de soja dos EUA**, embora em volumes modestos. Traders aguardam que Pequim cumpra a promessa de adquirir 12 milhões de toneladas até o final do ano, conforme anunciado pela Casa Branca.
A **China**, sendo um mercado crucial para os agricultores dos EUA, utilizou a demanda por safras como barganha em disputas comerciais. Anteriormente, Pequim evitou comprar trigo e soja dos EUA devido a tarifas de retaliação, optando por outros fornecedores.
Entretanto, compradores chineses reservaram dois carregamentos de trigo dos EUA, marcando as primeiras aquisições desde outubro do ano anterior. Além disso, uma autoridade do setor dos EUA informou que um carregamento de sorgo foi enviado dos Estados Unidos para a **China**.
Esses acordos de importação ocorrem após Pequim suspender as tarifas retaliatórias sobre produtos dos EUA, incluindo os agrícolas. Apesar disso, as remessas de soja dos EUA ainda enfrentam uma tarifa de 13%.
As compras de trigo, totalizando cerca de 120.000 toneladas para embarque em dezembro, incluem trigo soft branco e trigo de primavera. Um trader de Cingapura comentou que, mesmo não sendo o trigo dos EUA o mais barato, a ação demonstra o compromisso da **China** e representa uma manobra política.
Na quinta-feira, a Cofco, empresa estatal chinesa, realizou uma cerimônia para assinar contratos de compra de soja durante uma feira de importação em Xangai. No entanto, detalhes adicionais sobre os contratos não foram divulgados.
A Casa Branca indicou que a **China** compraria pelo menos 12 milhões de toneladas de soja dos EUA nos últimos dois meses de 2025 e um mínimo de 25 milhões de toneladas anuais nos três anos seguintes. Contudo, Pequim ainda não confirmou esses números.
A tarifa de 13% imposta pela **China** sobre a soja torna as cargas dos EUA menos competitivas em relação às cargas brasileiras. Recentemente, importadores chineses adquiriram 20 cargas de soja brasileira, aproveitando a queda nos preços sul-americanos devido à expectativa de retomada das vendas dos EUA.
Enquanto isso, antes da reunião entre Trump e Xi, a Cofco havia comprado três cargas dos EUA. Essas movimentações indicam uma complexa interação entre política comercial e decisões de mercado na compra de grãos.
Essas recentes transações sinalizam uma possível mudança nas relações comerciais entre os dois países, embora a magnitude e o impacto a longo prazo permaneçam incertos. A manutenção da tarifa sobre a soja americana continua sendo um ponto de atenção para os traders e produtores dos EUA.
Via Money Times
