China ultrapassa Brasil e se torna maior parceiro comercial da Argentina

A balança comercial da Argentina mostra China como maior parceiro, superando o Brasil. Confira os números recentes!
21/10/2025 às 11:42 | Atualizado há 8 horas
               
China passa o Brasil
Movimentação foi impulsionada pela liberação temporária das "retenciones" no agronegócio. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Recentes dados mostram que a China passou o Brasil e se tornou o maior parceiro comercial da Argentina em setembro. Essa mudança, a primeira desde novembro de 2022, ocorreu após o governo argentino liberar temporariamente as “retenciones” do agronegócio, o que favoreceu as exportações de soja para o gigante asiático.

As exportações da Argentina para a China alcançaram US$ 1,293 bilhão, enquanto para o Brasil foram US$ 1,170 bilhão. As importações argentinas da China também foram superiores, totalizando US$ 1,816 bilhão. Esses números evidenciam como as políticas locais e a demanda externa impactam diretamente no comércio bilateral.

A diminuição nas vendas para o Brasil, especialmente em produtos manufaturados, contrasta com o aumento nas importações argentinas de bens de consumo e maquinário brasileiros. Essa dinâmica ressalta a interdependência econômica entre Argentina e Brasil, além de indicar que novas relações comerciais estão emergindo na América do Sul.
Os dados recentes da balança comercial da Argentina revelam uma mudança notável: a **China passa o Brasil** como principal parceiro comercial. Essa alteração, que não ocorria desde novembro de 2022, é atribuída, segundo especialistas, à liberação temporária das “retenciones” do agronegócio pelo governo argentino. Essa medida impulsionou as vendas de soja para o mercado chinês.

Os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) indicam que as exportações para a China totalizaram US$ 1,293 bilhão (15,9% do total), superando os US$ 1,170 bilhão (14,4%) destinados ao Brasil. As importações argentinas da China somaram US$ 1,816 bilhão (25,2%), enquanto as do Brasil ficaram em US$ 1,722 bilhão (23,9%).

O fluxo de comércio total foi de US$ 3,10 bilhões com a China e US$ 2,892 bilhões com o Brasil. Esse cenário demonstra como a política interna argentina e as dinâmicas do mercado global influenciam diretamente as relações comerciais.

O aumento nas exportações argentinas para a China, com um crescimento de 201,7% em relação a setembro do ano anterior, evidencia o aproveitamento da janela de vendas agrícolas. Em contraste, as exportações para o Brasil registraram uma queda de 11,1% no mesmo período.

Essa mudança na balança comercial reflete a importância das commodities agrícolas na economia argentina e a crescente demanda chinesa por esses produtos. A comparação anual destaca a volatilidade das relações comerciais e a necessidade de adaptação contínua às novas condições de mercado.

As vendas para o Brasil apresentaram uma redução de US$ 146 milhões, causada principalmente pela diminuição nas exportações de manufaturados industriais. Os produtos mais afetados foram veículos de carga, trigo, centeio e carros de passeio.

Simultaneamente, as importações argentinas de produtos brasileiros cresceram 12,5% em relação a setembro do ano anterior. Os destaques nas compras foram carros de passeio, tratores, semirreboques e veículos de carga.

Apesar da diminuição nas exportações de certos produtos, o aumento nas importações de bens de consumo e maquinário do Brasil sugere uma contínua dependência do mercado brasileiro para esses itens. Essa dinâmica complexa mostra a interdependência econômica entre os dois países.

Os dados da balança comercial demonstram que, a China passa o Brasil, o que pode ser um indicativo de novas dinâmicas no cenário econômico da América do Sul. A alteração do principal parceiro comercial da Argentina pode gerar impactos tanto no Brasil como em outros países da região.

A mudança na balança comercial da Argentina, com a China ultrapassando o Brasil, sinaliza uma nova configuração nas relações comerciais regionais. É importante observar como essa tendência evoluirá nos próximos meses e quais serão os impactos a longo prazo para as economias envolvidas.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.