Cientistas correm contra o tempo para descobrir espécies na Amazônia antes que o desmatamento as extinga. A floresta perdeu 17% de sua vegetação nativa, segundo o MapBiomas, com alta destruição no Arco do Desmatamento.
Biólogo Rodrigo Costa Araújo identificou novas espécies de saguis ameaçadas. Projetos como Protax investem R$ 14 milhões em taxonomia, usando DNA para acelerar identificações e preservar a rica biodiversidade.
Cientistas correm para descobrir espécies da Amazônia antes que o desmatamento as extinga. A floresta perdeu 17% de sua vegetação nativa, segundo o MapBiomas. Regiões como o Arco do Desmatamento enfrentam alta destruição.
O biólogo Rodrigo Costa Araújo estuda saguis nessa área de 500 mil km², abrangendo Maranhão, Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre. Seu doutorado revelou duas novas espécies de saguis, listadas como ameaçadas pela IUCN. Ele também descreveu o Plecturocebus grovesi, entre os 25 primatas mais criticamente em risco.
Um estudo de 2021 na Nature estima que o Brasil abriga 10,4% das descobertas potenciais de vertebrados terrestres, com 53% em florestas tropicais úmidas como a Amazônia. Répteis representam 48% das espécies pendentes, seguidos por anfíbios (27%), mamíferos (20%) e aves (5%).
Desafios incluem acesso remoto, poucos taxonomistas e recursos limitados. Ana Prudente, do Museu Paraense Emílio Goeldi, descreveu 31 cobras e destaca a necessidade de mais profissionais para ciência colaborativa.
Expedições recentes, como a de Araújo em novembro, e projetos da Amazônia +10 usam sequenciamento de DNA para acelerar identificações. Iniciativas como Protax investem R$ 14 milhões em taxonomia.
Políticas públicas e setor privado devem criar unidades de conservação. Fique de olho em novas expedições que mapeiam essa rica biodiversidade.
Via Folha de S.Paulo