Cimed busca desenvolver seu próprio Ozempic com ‘canetinha amarela’, afirma João Adibe

Ozempic da Cimed: Saiba tudo sobre a "canetinha amarela" e os planos da Cimed para o mercado de medicamentos e consumo. Confira agora!
21/02/2025 às 05:03 | Atualizado há 4 meses
Ozempic da Cimed
Ozempic da Cimed

A Cimed, conhecida por sua vasta gama de produtos farmacêuticos e de consumo, está de olho no mercado de medicamentos para obesidade. O laboratório aguarda a quebra da patente da semaglutida, o princípio ativo do famoso Ozempic, atualmente sob exclusividade da Novo Nordisk. João Adibe, CEO da Cimed, expressou o desejo de lançar sua própria versão, apelidada de “canetinha amarela”, assim que a patente expirar. A Cimed tem grandes planos para o futuro, visando um crescimento significativo nos próximos anos.

O interesse da Cimed na semaglutida reflete a crescente demanda por tratamentos para obesidade. Adibe vê a substância como uma importante ferramenta para promover a longevidade, defendendo que o acesso facilitado a esse tipo de medicamento pode trazer benefícios para a população. A “canetinha amarela” faz parte de um conjunto de 150 produtos que a divisão farmacêutica da Cimed planeja lançar nos próximos cinco anos, aguardando a expiração de patentes para desenvolver suas versões genéricas.

Para alcançar a ambiciosa meta de faturamento de R$ 5 bilhões ainda este ano, a Cimed aposta no crescimento de sua divisão de consumo. Essa área, que já representa mais de 60% da receita da empresa, não depende da quebra de patentes e terá um reforço de 130 novos produtos em 2025. Entre as novidades, a marca Carmed, famosa por seus protetores labiais, expandirá sua atuação para higiene bucal, maquiagem e perfumes. Já a Lavitan, conhecida por suas vitaminas, lançará isotônicos, bebidas proteicas e até um whey protein gaseificado, expandindo sua presença para além das farmácias.

A Cimed também está investindo em novas marcas, como a João e Maria, voltada para cuidados com bebês, que reformula produtos da R2M, adquirida em 2023. Todas essas novidades serão apresentadas em um grande evento farmacêutico, o MSA (“Meu Sangue Amarelo”), que consumiu um investimento de R$ 30 milhões. Para sustentar seus planos de expansão, a Cimed prevê investir R$ 2 bilhões nos próximos cinco anos, direcionando recursos para pesquisa, desenvolvimento, ampliação de fábricas e marketing. A fábrica de Pouso Alegre está sendo ampliada, e uma nova unidade voltada para higiene e beleza deve ser construída no Nordeste, com previsão de inauguração em 2026.

No ano anterior, a Cimed tentou adquirir a Jequiti, do Grupo Silvio Santos, mas a negociação não foi finalizada. Adibe explicou que o objetivo era entrar no mercado de vendas porta a porta, aproveitando a estrutura da Jequiti para expandir a distribuição de produtos farmacêuticos. Apesar de não ter concretizado a aquisição, a Cimed lançou o “Foguete Amarelo”, uma plataforma que facilita o acesso de farmácias independentes aos seus produtos, resolvendo problemas de capital de giro. Além disso, a Cimed também estará presente na televisão, revivendo o “Caminhão do Domingão”, da TV Globo, com sorteios de prêmios para os consumidores. A cada R$ 50 em produtos Cimed, o consumidor terá a chance de participar, cadastrando o cupom fiscal no site ou via WhatsApp.

Apesar dos planos ambiciosos, João Adibe demonstra preocupação com o cenário macroeconômico. Ele critica as altas taxas de juros no Brasil, ressaltando a importância de controlar os custos para garantir o crescimento em um ambiente desafiador. Em 2023, a Cimed realizou duas emissões de debêntures, captando mais de R$ 1 bilhão para quitar dívidas de curto prazo e alongar seu perfil de endividamento. Adibe acredita que, mesmo com a turbulência econômica, a Cimed está preparada para seguir em frente com seus planos de crescimento. A estratégia da Cimed para o Ozempic da Cimed e outros lançamentos promete movimentar o mercado farmacêutico e de consumo nos próximos anos.

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.