O Comitê Olímpico do Brasil (COB) está planejando regularizar a situação de confederações esportivas impedidas de receber recursos públicos até o final de abril. Para isso, o COB vai oferecer **empréstimo para confederações** que necessitam quitar dívidas com a União, Estados e Municípios, incluindo débitos tributários. Essa medida visa resolver pendências financeiras que impedem o recebimento de investimentos essenciais.
Essas dívidas têm impedido que confederações recebam recursos da Lei Angelo/Piva e de loterias, agravando a situação financeira das entidades. Entre as confederações com dificuldades estão as de Basquete (CBB), Handebol (CBH) e Esportes Aquáticos (CBDA). Além dessas, outras confederações pan-americanas, como as de Caratê e Beisebol, enfrentam problemas similares que precisam de solução.
De acordo com o presidente do COB, Marco La Porta, a iniciativa tem como objetivo liberar as confederações até o final de abril. O COB irá analisar individualmente cada dívida e oferecer ajuda por meio de empréstimo para confederações. O montante total envolvido nessa operação está estimado entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, beneficiando cerca de cinco confederações com problemas.
O objetivo do COB é que, após a regularização, as confederações consigam atrair patrocínios e investimentos para se manterem e quitar o empréstimo para confederações junto ao comitê. A iniciativa busca resolver dívidas de gestões anteriores, que prejudicam o andamento das atividades e o desempenho dos atletas, que são os mais impactados por essa situação financeira delicada.
La Porta destacou que as dívidas são resultado de gestões passadas e que a atual diretoria não tem responsabilidade sobre esses débitos. O empréstimo para confederações surge como uma solução para evitar que as dívidas continuem a crescer, como no caso do handebol, cuja dívida saltou de R$ 1 milhão para R$ 5 milhões. A expectativa é que, com a situação financeira regularizada, as confederações possam se reestruturar e voltar a crescer.
O presidente do COB participou da CBC & Clubes Expo, em Campinas, onde debateu a Lei Geral do Esporte e a autonomia das entidades esportivas. Além disso, o COB começará a receber repasses da MP das Apostas Esportivas, cerca de 1,7% do valor destinado ao Esporte. A entidade planeja utilizar esses recursos de forma estratégica, com estimativa de receber entre R$ 40 milhões e R$ 80 milhões por ano.
La Porta ressaltou que a chegada dos recursos das apostas esportivas é uma oportunidade para investir na base e no desenvolvimento do esporte. Ele mencionou que, após os Jogos Olímpicos Rio-2016, houve uma queda nos investimentos privados no esporte, mas que o contrato com a Caixa e os novos recursos das bets trazem um novo fôlego financeiro para o setor.
Via ES Hoje
