O cofundador da Rockstar, Dan Houser, afirmou que a franquia GTA é profundamente ligada à cultura e sociedade americana. Segundo ele, o “americanismo” é essencial para a identidade do jogo, o que dificulta ambientações fora dos Estados Unidos, como no Brasil.
GTA sempre satirizou a vida e as contradições americanas, refletidas nos personagens e diálogos. Mesmo com uma expansão localizada no Reino Unido, a essência do jogo permanece nos EUA, onde ficam suas principais cidades fictícias.
Além disso, desenvolvedores da série Fallout também reforçam a importância da ambientação americana para manter a coerência e o tom dos jogos. A Rockstar prefere manter o foco nos EUA para preservar o sucesso e a identidade da franquia.
A franquia GTA nos Estados Unidos pode ser um tema inesgotável, segundo Dan Houser, cofundador da Rockstar. Em entrevista, ele destacou que o “americanismo” é crucial para a identidade de *GTA*, tornando difícil imaginar um título fora dos EUA, similar ao que acontece com *Fallout*. Desde 1997, a série explora a cultura e sociedade americana em cidades como Nova York, Miami e Los Angeles, o que é essencial para a sátira e o tom dos jogos.
Essa ambientação é fundamental para o tom satírico característico dos jogos GTA nos Estados Unidos. Houser explicou que mudar a ambientação para outro país, como o Brasil, diluiria a essência da franquia. A exceção foi *GTA: London 1969*, uma expansão ambientada no Reino Unido. Houser considera esse projeto um “experimento divertido”, mas o DNA americano sempre prevaleceu.
A série *Fallout* também segue essa linha, com sua narrativa pós-apocalíptica baseada na história e cultura dos Estados Unidos. Os desenvolvedores acreditam que adaptar *Fallout* para outros países seria um desafio. Dan Houser participou do podcast de Lex Fridman e explicou por que é improvável que *GTA* se passe fora dos Estados Unidos.
Houser afirmou que o “americanismo inerente” é essencial para a identidade da franquia. Ele destacou que a série retrata o estilo de vida e as contradições dos Estados Unidos, refletidas nos personagens, diálogos e humor. O tom satírico de *GTA* depende de referências culturais específicas, caricaturando aspectos políticos e sociais americanos. Mudar essa abordagem comprometeria a narrativa.
Apesar de *GTA: London 1969*, Houser reconhece que a ambientação fora dos EUA não capturou a essência dos títulos principais. Todos os jogos seguintes voltaram a ser ambientados em cidades inspiradas nos Estados Unidos, como Liberty City, Vice City e Los Santos. Essa experiência confirmou que *GTA* funciona melhor no contexto americano que o inspirou desde o início.
Todd Howard, diretor da Bethesda, também afirmou que *Fallout* deve continuar ambientado nos Estados Unidos por tempo indeterminado. Ele explicou que “parte da graça de *Fallout* está na ingenuidade americana”. A saga pós-apocalíptica se baseia em uma versão alternativa da história americana, marcada por tensões nucleares e um imaginário de Guerra Fria. Mudar esse cenário comprometeria a coerência do universo da franquia.
Embora existam curiosidades sobre o que acontece em outras partes do mundo, a equipe prefere manter o foco nos EUA e deixar o restante em aberto. Howard acredita que “a pior coisa que se pode fazer com terras misteriosas é acabar com o mistério”. A franquia GTA nos Estados Unidos parece, portanto, um território seguro para a Rockstar, garantindo a manutenção de sua identidade e sucesso.
Via TecMundo