Columbia e Harvard: entenda a polêmica contra a inclusão nos EUA que afeta alunos estrangeiros

Entenda a escalada contra a inclusão nos EUA que está afetando alunos estrangeiros em universidades como Harvard e Columbia.
23/05/2025 às 10:58 | Atualizado há 4 meses
Harvard estudantes internacionais
Governo restringe acesso de 6.800 estudantes a programas de Diversidade e Inclusão. (Imagem/Reprodução: Exame)

A Universidade de Harvard entrou com um processo judicial contra o governo dos EUA após o Departamento de Segurança Interna revogar sua autorização para emitir vistos de estudante. A medida afeta diretamente 6.800 Harvard estudantes internacionais, representando 27% do total de alunos da instituição. A universidade classificou a ação como retaliação por defender sua autonomia acadêmica.

O conflito começou quando o governo federal exigiu mudanças nas políticas de admissão e contratação de Harvard. A instituição se recusou, levando ao congelamento de US$ 2,2 bilhões em fundos federais em abril. Agora, a revogação do SEVP impede a emissão de vistos F-1 e J-1 para o ano letivo 2025-26.

Estudantes estrangeiros matriculados precisarão transferir-se para outras instituições ou deixar o país. A medida impacta pesquisas científicas e programas acadêmicos que dependem da participação internacional. Harvard mantinha essa certificação há mais de 70 anos.

O presidente Alan Garber afirmou que a universidade buscará uma liminar para suspender os efeitos da decisão. Ele destacou que a autonomia das instituições de ensino é fundamental para o desenvolvimento do país. Outras universidades acompanham o caso, que pode redefinir as relações entre o governo e o setor educacional.

O governo Trump ampliou medidas contra políticas de diversidade em empresas e universidades. Grandes companhias como Google e JPMorgan já reduziram programas nessa área. A administração federal também revisa contratos com organizações que mantêm iniciativas de inclusão.

Harvard recebe 11% de seu orçamento anual em verbas federais, destinadas principalmente a pesquisas médicas e tecnológicas. A disputa judicial pode afetar projetos em áreas como inteligência artificial e tratamentos para doenças neurodegenerativas.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.