Em Vila Velha, Espírito Santo, um comerciante assumiu a autoria de bilhetes com ameaças distribuídos no Polo de Moda da Glória. A ação ocorreu antes do esfaqueamento de uma vendedora, mas a polícia afirma não haver ligação entre os eventos. O homem alegou estar recebendo ameaças na Glória após denunciar traficantes da região.
Após o incidente, o comerciante de 56 anos compareceu à delegacia voluntariamente. Ele confessou ter espalhado os bilhetes, justificando como resposta às ameaças que sofre. Negou, porém, qualquer envolvimento com o ataque à vendedora Carla Gobbi Fabrete, de 25 anos.
O homem relatou à TV Sim/SBT que as intimidações começaram após ele denunciar traficantes envolvidos com “bailes” na região. Ele expressou temor por retaliações, afirmando: “Se eles fizerem alguma coisa, vai sobrar para mim”. O comerciante disse ainda que o grupo de traficantes estaria insatisfeito com o fim dos seus eventos irregulares.
Além dos bilhetes, o comerciante relatou ter sofrido agressões físicas e disparos de arma de fogo. Ele afirmou ter registrado cerca de 15 boletins de ocorrência na Polícia Civil por ameaças. Entre os incidentes relatados, estão danos ao seu portão e caixa de correio. Apesar disso, alega que nenhuma providência foi tomada até o momento.
O comerciante negou qualquer conexão com o esfaqueamento da vendedora, classificando a coincidência temporal como “mera casualidade”. Apresentou-se à polícia para esclarecer os fatos e colaborar com as investigações. Após depor, assinou um termo circunstanciado e foi liberado. A polícia continua investigando o esfaqueamento e as circunstâncias do crime. A apuração das ameaças na Glória e a busca pelos responsáveis pelo ataque à vendedora seguem em andamento.
Via ES 360