Compatibilidade de celulares com nova ferramenta contra robocalls

Saiba quais modelos de celulares são compatíveis com a nova ferramenta que combate golpes por telefone.
03/06/2025 às 06:04 | Atualizado há 3 dias
Origem Verificada no Brasil
Origem Verificada combate fraudes, mas depende da adesão e do suporte nos celulares. (Imagem/Reprodução: G1)

O sistema Origem Verificada no Brasil está em operação para identificar empresas em chamadas, mesmo que o número não esteja salvo, mas a adesão é opcional e ainda limitada. Essa ferramenta foi criada para combater golpes telefônicos e robocalls, já está disponível para alguns celulares, oferecendo mais segurança aos usuários. A tecnologia é gratuita, mas a compatibilidade depende do aparelho e da rede.

Para saber se o seu celular é compatível com o Origem Verificada no Brasil, é preciso verificar se ele está conectado a uma rede 4G ou 5G. A compatibilidade também depende do modelo e do sistema operacional do aparelho, e as informações exibidas podem variar. A ABR Telecom informa que os aparelhos Apple com iOS 18.2 ou superior exibem o nome da empresa, número e logotipo.

Aparelhos Samsung com Android 14 ou superior mostram todos os dados, incluindo nome, número, logotipo, selo de verificação, motivo da ligação e a mensagem “número validado”. Outros celulares com Android 11 a 14 exibem o nome, número, selo e a mensagem “número validado”. A Anatel espera que até o fim do primeiro semestre de 2025, 75% dos smartphones em uso no país estejam aptos a receber chamadas autenticadas.

Entre os modelos de celulares compatíveis, estão os iPhones 11 ao 16 (incluindo versões mini, Plus, Pro e Pro Max), iPhone SE, XR, XS e XS Max. Para a Samsung, são compatíveis os Galaxy M (M14 5G ao M55 5G), Galaxy A (A05 ao A73 5G), Galaxy S (S21 ao S25 Edge) e Galaxy Z (Z Flip3 ao Fold6). Diversos outros celulares com Android 11 a 14 também são compatíveis, como Motorola Razr 50, Motorola Edge 50 Neo, Xiaomi 14T 5G e Xiaomi 13 Lite 5G.

O Origem Verificada no Brasil usa o protocolo internacional STIR/SHAKEN, que verifica em tempo real se o número exibido corresponde à empresa que está ligando. A validação é feita através de um banco de dados centralizado pela ABR Telecom, que é abastecido pelas operadoras. O sistema compara os dados da empresa com os registros da operadora, e se houver correspondência, a ligação é autenticada, mas esse processo requer tecnologia que nem todos os celulares suportam.

O objetivo do sistema é combater fraudes como o spoofing, onde criminosos usam números falsos para se passar por empresas confiáveis e enganar o consumidor. Esses golpes envolvem pedidos de dados sensíveis, como senhas ou códigos de segurança, alegando a necessidade de confirmar transações. A recomendação é nunca fornecer senhas, códigos ou dados pessoais por telefone.

Além disso, o Origem Verificada no Brasil pretende combater as robocalls, que são chamadas automáticas que caem assim que você atende. Essas chamadas são usadas por golpistas para verificar se um número está ativo antes de novas tentativas de fraude. Para ter o telefone identificado, as empresas precisam contratar o serviço junto às operadoras, e 52 operadoras já aderiram ao sistema, incluindo Vivo, Claro, Oi e Tim.

Atualmente, o uso do Origem Verificada no Brasil ainda é restrito porque poucas empresas contrataram o serviço e nem todos os celulares são compatíveis, conforme explicado por Ildeu Borges, gerente da ABR Telecom, e confirmado pela Anatel. A ABR Telecom não divulgou quais ou quantas empresas já aderiram ao sistema. Bradesco e Santander informaram que vão aderir ao sistema. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacou que a adesão é uma decisão individual de cada banco.

A Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) afirma que todas as empresas de telemarketing ativo estão testando a ferramenta. Com a adesão de mais empresas e a atualização dos aparelhos, a expectativa é que o Origem Verificada no Brasil se torne uma ferramenta mais eficaz na proteção contra fraudes telefônicas.

Via G1

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.