O comunicado conjunto dos presidentes dos países do Mercosul não fez menção à Venezuela, apesar do assunto ter sido abordado nos discursos durante a 67ª Cúpula em Foz do Iguaçu.
O presidente Lula alertou sobre riscos humanitários de uma intervenção na Venezuela, enquanto Javier Milei apoiou pressões externas para mudar a situação do país. A ausência da Venezuela no documento oficial resguarda a unidade dos membros do bloco.
A Venezuela está suspensa do Mercosul desde 2016 por não cumprir critérios democráticos. A 67ª Cúpula não foi totalmente divulgada, deixando o futuro das relações e a posição sobre a Venezuela em aberto.
O comunicado conjunto dos presidentes dos países que compõem o Mercosul não mencionou a Venezuela, apesar do tema ter sido discutido em discursos durante a 67ª Cúpula, realizada em Foz do Iguaçu no último sábado (20). Entre os pronunciamentos, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente brasileiro, alertou contra uma intervenção armada na Venezuela, destacando o risco de uma catástrofe humanitária para a região.
Por outro lado, o presidente argentino, Javier Milei, expressou apoio à pressão dos Estados Unidos e do ex-presidente Donald Trump para “libertar o povo da Venezuela”. A divergência evidenciou as diferentes abordagens dos países membros em relação à situação venezuelana.
A Venezuela está suspensa do Mercosul desde 2016, por não garantir a plena vigência das instituições democráticas conforme os critérios do bloco sul-americano. Mesmo com o tema presente nos discursos, o documento oficial assinado pelos líderes do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e pelo ministro das Relações Exteriores da Bolívia evitou fazer qualquer menção direta à Venezuela.
Esse silêncio no comunicado pode indicar uma tentativa de manter a unidade dos membros principais do Mercosul, enquanto as tensões políticas regionais persistem. A ausência da Venezuela reafirma um impasse que dura quase uma década, sem avanços claros para a reintegração do país ao bloco.
A 67ª Cúpula também não foi transmitida integralmente para a imprensa, limitando o acesso público ao conteúdo das discussões. O debate sobre o futuro das relações dentro do Mercosul e seu posicionamento sobre a Venezuela segue aberto e sob vigilância internacional.
Via Money Times