No último domingo, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou que sua administração está em negociações com quatro grupos distintos interessados na aquisição do Venda do TikTok no território americano. A informação surgiu logo após Trump sinalizar uma possível extensão do prazo de 75 dias estipulado para a conclusão do acordo.
Trump, a bordo do Air Force One, comunicou à imprensa que um acordo para a venda da plataforma da ByteDance pode estar próximo. Ele mencionou o interesse de “muitas pessoas” na compra do TikTok, ressaltando que a decisão final caberá a ele. Apesar disso, Trump não especificou quais seriam os quatro grupos envolvidos nas negociações, nem expressou preferência por nenhum deles, limitando-se a afirmar que “todos os quatro são bons”. A Forbes procurou o TikTok para comentar o assunto.
Após assumir o cargo em 20 de janeiro, Trump suspendeu a proibição do TikTok, concedendo à empresa um prazo de 75 dias para encontrar um comprador para suas operações nos EUA, com vencimento previsto para 5 de abril. Recentemente, o ex-presidente indicou a possibilidade de prorrogar esse prazo, declarando que há “muito interesse no TikTok” e expressando esperança de que a China aprove o acordo. Legalmente, a extensão máxima permitida é de 90 dias, desde que a ByteDance demonstre esforços contínuos para concretizar a venda.
Ainda no início de seu mandato, Trump vinculou a aprovação chinesa do acordo à imposição de tarifas ao país, afirmando que um bloqueio por parte do governo chinês seria considerado um ato hostil, passível de retaliação com tarifas elevadas. Apesar dessa postura, Trump já havia implementado uma tarifa de 20% sobre importações chinesas, o que gerou tarifas retaliatórias por parte de Pequim. A aprovação chinesa é fundamental para a venda do TikTok, pois envolve o algoritmo de entrega de conteúdo da plataforma, sujeito aos controles de exportação da China sobre ferramentas de recomendação.
No dia de sua posse, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, declarou que as decisões sobre operações e aquisições corporativas devem ser tomadas pelas empresas de forma independente, com base nos princípios de mercado. No entanto, as tensões entre Pequim e Washington se intensificaram, com a implementação da tarifa de 20% sobre todas as importações chinesas.
Na semana passada, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, expressou o desgaste entre os países, afirmando que, se os EUA desejam guerra, seja tarifária, comercial ou de qualquer outro tipo, a China está pronta para lutar até o fim. Resta saber se essas tensões podem influenciar a decisão de Pequim em relação à venda do TikTok.
Via Forbes Brasil
