Disputa do Hotel Rosewood resulta em batalha judicial entre sócios

Sócios do Hotel Rosewood entram em conflito judicial, revelando tensões no setor hoteleiro.
21/04/2025 às 09:32 | Atualizado há 3 meses
Disputa do Hotel Rosewood
Alexandre Allard reivindica direitos autorais sobre projeto arquitetônico transformador. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A Disputa do Hotel Rosewood, um luxuoso estabelecimento situado no coração de São Paulo, chegou aos tribunais. O empresário francês Alexandre Allard acusa seus sócios de espionagem e violação de direitos autorais relacionados a elementos artísticos e arquitetônicos do hotel. A juíza Laura de Mattos Almeida, da 29.ª Vara Cível de São Paulo, autorizou uma perícia no local. A defesa de Allard alega que seus sócios tentaram diluir sua participação acionária no empreendimento.

O Hotel Rosewood, inaugurado em 2022, é gerido pela BM Empreendimentos, composta por Allard e pela holding Chow Tai Fook Enterprises Limited (CTF), com sede em Hong Kong. Os advogados da BM e CTF não se manifestaram sobre o caso.

Allard argumenta que os elementos arquitetônicos do projeto foram criados por ele antes da entrada da CTF no negócio. A perícia foi solicitada pelo empresário, temendo modificações no hotel durante o processo judicial. Allard se declara o detentor dos direitos autorais do projeto arquitetônico.

Em um documento, a defesa do empresário descreve Allard como um visionário que buscou valorizar a cultura e a criatividade brasileira através de componentes e elementos nacionais, conciliando-os com práticas ambientais responsáveis.

Além da questão dos direitos autorais, Allard acusa uma diretora da BM Empreendimentos de acessar o notebook de sua advogada e extrair informações e documentos via pendrive. Esses dados estariam ligados a uma negociação de debêntures relacionada à participação acionária no empreendimento, levando Allard a acusar os sócios de tentarem diluir sua participação no hotel.

Em 2010, Allard adquiriu o antigo Hospital Matarazzo, transformando-o na Cidade Matarazzo, onde o Hotel Rosewood está localizado. A CTF passou a integrar o negócio em 26 de novembro de 2013, viabilizando financeiramente o projeto.

A Chow Tai Fook, proprietária da CTF, é um conglomerado privado de Hong Kong, com negócios em joalheria, cassinos, hotelaria, desenvolvimento imobiliário, telecomunicações e energia, além da marca de hotéis Rosewood. A CTF é a maior cotista do fundo de investimento BM 888, o que lhe confere a decisão sobre assuntos relevantes relacionados ao Rosewood – Cidade Matarazzo.

Os advogados do grupo francês, Leandro Chiarottino e Modesto Carvalhosa, informaram que não comentariam o caso, pois a ação está em andamento e sujeita a segredo de Justiça. A Disputa do Hotel Rosewood segue em análise na justiça.

Via InfoMoney

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