A província de Sweida, localizada no sul da Síria, tem sido palco de uma escalada preocupante de violência sectária na Síria. Confrontos entre milícias drusas e tribos beduínas resultaram em um número alarmante de vítimas, incluindo mulheres e crianças, forçando milhares de residentes a se deslocarem em busca de segurança. A tensão na região aumentou consideravelmente, com relatos de execuções que envolvem tanto membros da comunidade drusa quanto civis cristãos.
O conflito teve início com uma série de retaliações por parte de drusos, motivadas por acusações de crimes cometidos por beduínos. Essa escalada de violência levou a execuções sumárias de civis, incluindo cristãos que residem na área. Testemunhas oculares relatam cenas de horror, com corpos nas ruas, saques a residências e famílias desesperadas após encontrarem seus entes queridos mortos.
De acordo com a Associated Press, nas últimas 24 horas, grupos drusos identificaram e executaram mais de 80 civis drusos. Há também relatos de mortes na comunidade cristã, em um evento classificado como genocídio sectário. O número de mortos, estimado entre 600 e 1.100 desde o início da escalada, agrava o quadro de crise humanitária na região.
O governo interino, liderado por Ahmed al-Sharaa, tem se esforçado para estabelecer um cessar-fogo, embora de forma instável. Enquanto isso, forças locais drusas assumem o controle de partes de Sweida. A comunidade cristã local, embora em menor número, expressa crescente temor, pois se tornou alvo da lógica sectária que se espalha pela província.
A situação em Sweida é um exemplo de como a violência sectária continua a devastar comunidades minoritárias na Síria pós-Assad. A coexistência de drusos e cristãos torna a região um campo de disputa ainda mais complexo e delicado, exigindo atenção urgente da comunidade internacional e esforços humanitários coordenados.
Via AP