A Nova Câmara de Vitória para o mandato de 2025-2028 conta com 21 vereadores. A composição política da Casa reflete a diversidade ideológica da cidade. Este artigo analisa a distribuição partidária, geográfica e o posicionamento dos vereadores em relação à prefeitura, liderada por Lorenzo Pazolini (Republicanos). Acompanhe a análise completa do cenário político vitoriense.
A eleição de 2024 trouxe mudanças significativas para a Nova Câmara de Vitória. Dos 21 vereadores, 10 são novos na Casa, enquanto 11 foram reeleitos ou retornaram. Leandro Piquet (PP), antigo presidente, não concorreu à reeleição. Quatro vereadores não conseguiram renovar seus mandatos: André Moreira (PSol), Chico Hosken (Podemos), Vinicius Simões (PSB) e Duda Brasil (PRD).
Doze partidos estão representados no plenário. Republicanos, PP, PSB e a Federação Brasil da Esperança (FE Brasil) contam com as maiores bancadas (três vereadores cada). A FE Brasil elegeu dois representantes do PT (Karla Coser e Professor Jocelino) e um do PV (Luiz Paulo Amorim).
Oito vereadores foram eleitos por partidos da coligação de Pazolini. São eles: os três do Republicanos, os três do PP, Maurício Leite (PRD) e Leonardo Monjardim (Novo), líder do prefeito na Câmara. A presidência da Casa é ocupada por Anderson Goggi (PP), em seu segundo mandato, com apoio da gestão Pazolini.
Quatro vereadores são de partidos que apoiaram Luiz Paulo (PSDB) na eleição municipal: os três do PSB e João Flavio (MDB). A FE Brasil fazia parte da coligação de João Coser (PT). O PL, de Capitão Assumção, elegeu Armandinho Fontoura e Dárcio Bracarense. Ana Paula Rocha representa o PSol, e Dalto Neves, o Solidariedade. O Podemos, com dois vereadores eleitos, não apoiou nenhum candidato à prefeitura.
Apesar da composição partidária, Pazolini conta com ampla maioria na Nova Câmara de Vitória. Muitos vereadores de partidos que não o apoiaram na eleição agora fazem parte de sua base aliada. Apenas Karla Coser e Professor Jocelino (PT) e Ana Paula Rocha (PSol) declararam oposição.
Professor Jocelino, apesar de oposicionista, defende uma postura “responsável, crítica e propositiva”. Luiz Paulo Amorim (PV), mesmo na chapa com os petistas, declarou apoio a Pazolini. A oposição, que representava 1/5 da Câmara na legislatura anterior (com 15 vereadores), agora corresponde a 1/7, com o aumento para 21 cadeiras.
Os demais vereadores declararam apoio à gestão Pazolini ou se posicionaram como “independentes”, incluindo os do PSB, partido do governador Renato Casagrande, adversário político do prefeito.
Davi Esmael (Republicanos), amigo e ex-colega de turma de Pazolini, acredita na ampla maioria do prefeito na Câmara. Para ele, a reeleição de Pazolini em primeiro turno fortalece sua posição política. Vereadores como Dalto Neves (Solidariedade) e João Flavio (MDB), que não apoiaram Pazolini na eleição, agora demonstram alinhamento com o prefeito.
A Nova Câmara de Vitória conta com representação de todas as regiões da cidade, cumprindo o objetivo da ampliação do número de vereadores. O aumento de 15 para 21 cadeiras buscava maior representatividade das comunidades.
A seguir, um miniperfil de cada vereador: sua posição em relação à prefeitura, ideologia, reduto político e causas prioritárias.
*REPUBLICANOS*
* Aylton Dadalto: base, direita, Regional 5 (Praia do Canto), segurança, população de rua, PPPs.
* Davi Esmael: base, direita, forte presença em igrejas evangélicas, inclusão, pessoas com deficiência, defesa da vida e da liberdade.
* Luiz Emanuel: base, direita conservadora, Jardim da Penha e Mata da Praia, moradores de rua.
*FEDERAÇÃO BRASIL DA ESPERANÇA (PT/PV/PCdoB)*
* Karla Coser (PT): oposição, esquerda, Território do Bem, Jardim da Penha e Jardim Camburi, cidade para as mulheres, cidade humana e sustentável.
* Professor Jocelino (PT): oposição responsável, esquerda, Morro da Piedade, educação, assistência social, direitos humanos, cultura.
* Luiz Paulo Amorim (PV): base, centro, Grande Maruípe.
*PP*
* Anderson Goggi: base, centro, Grande Maruípe e Grande Santo Antônio, redução das desigualdades.
* Camillo Neves: base, direita, Ilha de Santa Maria, esporte, segurança, projetos sociais.
* Mara Maroca: base, saúde, educação e segurança, Grande São Pedro.
*PSB*
* Bruno Malias: independente, políticas públicas baseadas em evidências, Jardim Camburi, educação, saúde, esporte.
* Aloisio Varejão: independente, centro, Grande São Pedro e Grande Santo Antônio, saúde.
* Pedro Trés: independente, centro, Jardim da Penha e Praia do Canto, ciência e tecnologia, turismo, economia criativa.
*PL*
* Darcio Bracarense: independente, conservador, Jardim Camburi, segurança, saúde, infraestrutura.
* Armandinho Fontoura: independente, direita, Praia do Canto, segurança, combate à corrupção, emprego e renda.
*PODEMOS*
* André Brandino: base, centro-direita, Grande São Pedro, projetos sociais, saúde, causa animal.
* Baiano do Salão: independente, centro, Grande Maruípe, emprego e renda, esporte e lazer.
*PRD*
* Maurício Leite: independente, centro, Jardim Camburi, ouvir os cidadãos.
*PSOL/REDE*
* Ana Paula Rocha: oposição, esquerda, Centro de Vitória, direito à cidade (mulheres, negros, jovens), educação, cultura.
*SOLIDARIEDADE*
* Dalto Neves: base, centro, Grande São Pedro e Grande Santo Antônio, desburocratização, empreendedorismo, causa animal.
*MDB*
* João Flavio: base, centro, Bonfim (Grande Maruípe), educação, assistência social, saúde.
*NOVO*
* Leonardo Monjardim: base, direita, Grande Jucutuquara e região continental, combate ao diabetes, leitura, desenvolvimento econômico.
A configuração da Nova Câmara de Vitória demonstra um cenário político complexo, com a maioria governista, uma oposição reduzida e um grupo de vereadores independentes que podem influenciar as decisões da Casa. A atuação desses parlamentares e suas interações com a prefeitura serão cruciais para o desenvolvimento da cidade nos próximos anos.
*Via* ES360