Contração do setor de serviços no Brasil desacelera em outubro, aponta PMI

PMI mostra desaceleração na contração do setor de serviços no Brasil em outubro, apesar dos impactos da inflação e da demanda fraca.
05/11/2025 às 15:03 | Atualizado há 1 dia
               
Contração do setor de serviços
Pressões inflacionárias elevadas seguem desafiando o setor, alerta S&P Global. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O setor de serviços no Brasil teve uma desaceleração na contração em outubro, segundo o Índice de Gerentes de Compras (PMI) da S&P Global. O índice subiu de 46,3 para 47,7, indicando uma redução na intensidade da retração, mas ainda permanecendo abaixo do nível que sinaliza crescimento.

Pressões inflacionárias continuaram a afetar o desempenho do setor, impactando custos e preços, mesmo com um aumento marginal no emprego. A demanda fraca e a queda na entrada de novos negócios seguiram como principais desafios para as empresas do setor.

Apesar das dificuldades, há sinais de resiliência e otimismo entre as companhias, que esperam uma recuperação da demanda e a redução da inflação nos próximos meses. O cenário político e econômico continuará influenciando os próximos resultados do setor.
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O Contração do setor de serviços no Brasil apresentou um alívio em outubro, com uma diminuição na intensidade da retração de novos negócios. No entanto, as pressões inflacionárias continuaram a impactar negativamente a atividade econômica. A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) revelou esses dados, mostrando um cenário complexo para o setor.

O índice do setor de serviços, calculado pela S&P Global, registrou um aumento, passando de 46,3 em setembro para 47,7 em outubro. Apesar da melhora, o índice permanece abaixo da marca de 50, indicando que o setor ainda se encontra em fase de contração.

Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, ressaltou que, embora a economia de serviços do Brasil tenha permanecido em contração em outubro, foram observados sinais de resiliência. Contudo, as elevadas pressões inflacionárias continuaram a ser um desafio importante para o setor.

A pesquisa apontou que a demanda fraca e a ausência de novas vendas foram os principais fatores que contribuíram para a diminuição da atividade. A entrada de novos trabalhos apresentou queda pelo sétimo mês consecutivo em outubro, embora o ritmo de contração tenha sido menos intenso do que no mês anterior, com algumas empresas relatando um maior interesse em seus serviços.

O volume de produção também apresentou retração pelo sétimo mês seguido, mas a queda foi moderada e menor do que a registrada em setembro. No que se refere ao emprego, houve um aumento marginal em outubro entre as empresas fornecedoras de serviços. Algumas empresas indicaram que postos vagos foram preenchidos, enquanto outras mencionaram medidas de controle de custos que limitaram as contratações.

As empresas demonstraram confiança em uma recuperação da demanda nos próximos 12 meses e esperam um enfraquecimento das pressões inflacionárias, o que sustentou previsões positivas para a produção. O otimismo em relação a setembro aumentou, mas alguns participantes da pesquisa expressaram preocupações com calotes de pagamentos e possíveis transtornos relacionados às eleições do próximo ano.

Em outubro, a taxa de inflação dos preços de insumos para os fornecedores de serviços acelerou em relação ao mês anterior, com destaque para os altos custos de empréstimo, a taxa de câmbio desfavorável e as tarifas dos Estados Unidos que entraram em vigor em agosto. Como consequência, parte dos custos foi repassada aos clientes, resultando em um aumento nos preços cobrados pelos serviços no ritmo mais forte em três meses.

A atividade industrial no Brasil também apresentou uma contração menos acentuada em outubro, o que contribuiu para que o PMI Composto subisse de 46,0 em setembro para 48,2, indicando um declínio moderado.

Apesar dos desafios persistentes, como a inflação e a demanda enfraquecida, o setor de serviços demonstra resiliência e um otimismo cauteloso em relação ao futuro próximo. A atenção permanece voltada para os desenvolvimentos econômicos e políticos que podem influenciar o desempenho do setor nos próximos meses.

Via InfoMoney

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