A China se destaca na construção de shoppings, aumentando seu número para 6.700, enquanto os EUA enfrentam o fechamento de centros comerciais. Desde 2013, um sexto dos shoppings americanos fecharam, refletindo uma crise no varejo. Em contraste, a construção não para na China, mesmo com a desaceleração nas vendas; novos shoppings continuam surgindo, atraindo investidores e consumidores.
A recente fechamento da loja da Apple no InTime City, em Dalian, simboliza a crise enfrentada por alguns shoppings na China. Apesar de sua expansão, a presença do comércio eletrônico tem pressionado as vendas físicas. Enquanto algumas lojas estão prosperando, outras estão lutando em um mercado saturado, como demonstrado pelo InTime City, que enfrenta dificuldades financeiras e litígios desde 2022.
Dalian, por outro lado, mostra um equilíbrio, com vendas no varejo crescendo 7,4% no primeiro semestre de 2023. Investimentos em novas indústrias e turismo estão ajudando a cidade. Proprietários buscam novos espaços, mas evitam shoppings com baixa movimentação. O futuro do mercado de shoppings chinês revela um cenário de transformação, onde apenas os mais fortes conseguirão sobreviver.
A China se destaca na produção em larga escala de diversos produtos, incluindo os Shoppings na China. Enquanto nos Estados Unidos um sexto dos shoppings fecharam desde 2013, o país asiático dobrou o número de centros comerciais, atingindo a marca de 6.700. No entanto, nem todos os varejistas estão se beneficiando desse crescimento, com alguns shoppings enfrentando dificuldades devido à falta de clientes.
O fechamento da loja da Apple no shopping InTime City, em Dalian, marca a primeira vez que a empresa encerra uma unidade na China, mesmo possuindo diversas outras no país. A outra loja da Apple em Dalian, no Olympia 66, continua operando e absorveu os funcionários da unidade fechada. A concorrência do comércio eletrônico, impulsionada por entregas baratas e eficientes, agrava a situação dos Shoppings na China.
A construção financiada por dívidas é um dos principais problemas do setor de shoppings e do mercado imobiliário chinês. Apesar da desaceleração nas vendas do varejo, a construção de novos centros comerciais continua. O sistema tributário chinês também influencia essa dinâmica. Governos locais obtêm receita significativa dos impostos sobre vendas dos shoppings, incentivando a inclusão de novos shoppings em grandes projetos imobiliários.
Em 2023, 430 shoppings foram inaugurados na China, enquanto os Estados Unidos, com um quarto da população chinesa, possuem 1.107 shoppings, segundo a CoStar. Ron Johnson, fundador do negócio de varejo da Apple, já havia notado, antes de 2011, que a China estava construindo mais shoppings do que o necessário.
Em Dalian, alguns shoppings prosperam, enquanto outros enfrentam dificuldades. O InTime City é um dos que sofrem: a entrada da antiga loja da Apple está bloqueada e outras lojas estão fechadas. O shopping enfrenta uma crise financeira desde 2022 e está envolvido em litígios. A queda nos preços dos apartamentos também impactou o poder de compra da classe média chinesa, afetando o varejo.
Apesar dos desafios, Dalian apresenta um desempenho melhor do que outras cidades, impulsionada por investimentos em fabricantes de equipamentos industriais e construção naval, além de ser um destino turístico. As vendas no varejo cresceram 7,4% no primeiro semestre deste ano em comparação com o ano anterior. Jerry Mao, proprietário da Shanghai Tang, considera Dalian um mercado atraente e busca um shopping para abrir uma nova loja, mas descarta o InTime City devido à sua menor movimentação.
O mercado de Shoppings na China passa por uma transformação, com alguns se destacando e outros lutando para sobreviver. A dinâmica do mercado imobiliário, o sistema tributário e a crescente popularidade do comércio eletrônico são fatores determinantes nesse cenário.
Via InfoMoney