Ministros do mundo todo se preparam para a etapa decisiva da COP30, com o desafio de fechar um consenso que fortaleça compromissos climáticos globais. A complexidade do tema aumenta devido à influência crescente das nações em desenvolvimento e à ausência dos Estados Unidos.
O Brasil recebe o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar mediar um acordo durante a cúpula em Belém. A COP30 destaca-se pela liderança chinesa e dos países em desenvolvimento, enquanto a União Europeia encara seus próprios desafios internos.
As discussões centrais envolvem financiamento climático, regras comerciais e metas para reduzir emissões. O objetivo é garantir avanços concretos para limitar o aquecimento global, apesar da dificuldade em superar interesses divergentes dos participantes.
Ministros globais se preparam para os momentos decisivos da cúpula climática da ONU, buscando um consenso que reforce o compromisso global em face da crescente influência das nações em desenvolvimento. A missão não será simples, com temas complexos ainda pendentes para garantir o progresso das negociações, mesmo diante de possíveis entraves.
O Brasil se prepara para receber o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (19), um esforço para promover um acordo entre os participantes da cúpula em Belém, antecedendo a sessão final agendada para sexta-feira (21). Este ano, a diplomacia climática testemunha uma nova dinâmica, com China e Índia liderando as nações em desenvolvimento, enquanto a União Europeia enfrenta desafios internos e os Estados Unidos se mantêm ausentes.
André Corrêa do Lago, presidente da COP30 na fase final, expressou a complexidade das negociações, destacando que “Tudo é muito complicado”. O principal objetivo do Brasil é assegurar um acordo que reforce o Acordo de Paris de 2015, reconhecendo suas lacunas e estabelecendo planos claros para futuras ações climáticas.
As discussões da COP30 na fase final abrangem três pontos críticos: financiamento climático, medidas comerciais unilaterais e a necessidade de ampliar os cortes de emissões. Ed Miliband, ministro de Energia do Reino Unido, descreveu o trabalho da cúpula como “árido, complicado, angustiante, cansativo e absolutamente necessário”.
O Acordo de Paris almeja limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais, mas as projeções atuais indicam um aumento de pelo menos 2,3 graus Celsius. Andreas Bjelland Eriksen, ministro do Clima da Noruega, enfatizou a urgência de abordar essa disparidade.
Países em desenvolvimento buscam um cronograma de pagamentos para garantir que as nações ricas cumpram o compromisso de US$300 bilhões anuais em financiamento climático até 2035, conforme prometido na COP29. A ausência dos EUA na COP30 na fase final destaca o não cumprimento de compromissos anteriores.
A China assume um papel de liderança nas negociações climáticas da ONU, consolidando seu setor de tecnologia verde. Li Xing, do Guangdong Institute for International Strategies, observa que essa mudança ocorreu naturalmente, com a China aproveitando a oportunidade diante da ausência dos EUA.
Questões como impostos e tarifas de carbono sobre produtos verdes fabricados na China também estão em debate, considerando a necessidade global de acelerar a transição para a energia limpa. Essas negociações são cruciais para o futuro do clima global.
Via Forbes Brasil