A COP30 lança uma nova iniciativa para incluir crianças e jovens nas discussões climáticas. Coordenada pela Plant-for-the-Planet, o projeto selecionará Crianças Embaixadoras, assegurando que a perspectiva infantil seja considerada. As consultas públicas ocorrerão em nove países, compartilhando as experiências das crianças sobre as mudanças climáticas.
O primeiro encontro será no Chile, em 30 de agosto, onde as opiniões coletadas terão um impacto direto na COP. O projeto é parte do Balanço Ético Global, que busca dar voz aos afetados pela crise climática, como as crianças, que frequentemente enfrentam os impactos mais severos da mudança climática.
Luciano Frontelle, da Plant-for-the-Planet Brasil, destaca a importância de incluir as vozes infantis nas discussões de justiça intergeracional. Com o aumento da presença de crianças nas conferências climáticas, espera-se que suas demandas priorizem educação ambiental e ação em comunidades vulneráveis.
Uma nova iniciativa promovida pela presidência da COP30 busca assegurar que a voz de crianças e jovens seja ouvida na conferência de clima em Belém do Pará. O programa, lançado no dia 26 de agosto, é coordenado pela Fundação Plant-for-the-Planet e visa selecionar Crianças embaixadoras COP30, ressaltando a importância de suas perspectivas na discussão sobre a crise climática.
O objetivo é conduzir consultas públicas que acontecerão em nove países, entre eles Brasil, Alemanha, Colômbia e Índia, permitindo que as experiências das crianças sobre as alterações climáticas sejam compartilhadas. O primeiro encontro está agendado para o dia 30 de agosto, em Santiago, no Chile. As informações coletadas durante esses diálogos serão encaminhadas à presidência da COP durante a Semana do Clima em Nova York, influenciando a escolha das 30 embaixadoras.
A proposta faz parte do Balanço Ético Global (BEG), uma iniciativa que busca promover a escuta de diferentes vozes sobre a crise climática, chamando atenção para a vulnerabilidade das crianças. Estudo da Unicef revelou que mais de 242 milhões de crianças em todo o mundo tiveram na educação afetada por eventos climáticos extremos, enfatizando ainda mais a necessidade de que suas vozes sejam levadas em consideração nas discussões sobre o futuro do planeta.
Luciano Frontelle, diretor-executivo da Plant-for-the-Planet Brasil, destacou que incluir as vozes infantis não é apenas simbólico, mas uma forma de abordar questões de justiça intergeracional e de direitos humanos. A intenção é estabelecer espaços de diálogo onde as crianças possam refletir sobre experiências diretas com os impactos do clima em suas comunidades e trazer sabedoria tradicional sobre convívio harmônico com a natureza.
Além disso, um estudo do Instituto Alana apontou um aumento significativo na menção a crianças e jovens nas conferências sobre clima, mostrando uma evolução no reconhecimento das suas necessidades e potenciais no combate às mudanças climáticas. As esperadas demandas surgidas dessas consultas devem priorizar educação climática, ações de adaptação em comunidades vulneráveis e o envolvimento ativo de crianças e jovens nas decisões climáticas.
A Plant-for-the-Planet, criada com a missão de unir crianças em torno de ações pelo clima, já conta com uma rede global de embaixadores que fomenta iniciativas de reforestação e conscientização sobre questões ambientais. A organização foi fundada em 2007 e tem se destacado na mobilização para enfrentar a crise climática.
Via Exame