COP30 destaca papel do custo de capital na transição climática

Evento destaca a importância do custo do capital para viabilizar projetos sustentáveis na COP30.
11/12/2025 às 14:02 | Atualizado há 1 semana
               
A COP30 destaca a transição climática como prioridade central para as empresas. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

A COP30 reuniu executivos de grandes empresas para discutir a transição climática e o custo de capital como fator decisivo para projetos sustentáveis. O debate mostrou que o financiamento acessível é essencial para avançar nas ações contra as mudanças climáticas.

O Brasil apresentou um plano para mobilizar US$ 1,3 trilhão visando reduzir o custo do financiamento e criar novos instrumentos financeiros. Empresas como Vale e Electrolux exemplificaram os desafios ao implementar tecnologias e produtos mais sustentáveis sem viabilidade econômica.

Especialistas afirmam que a valorização da economia circular e a padronização de indicadores de sustentabilidade são passos fundamentais para o sucesso da transição. O consenso é de que o retorno ajustado ao risco e instrumentos financeiros robustos são cruciais para tirar projetos do papel.

A transição climática ganhou destaque em um debate com executivos de grandes empresas como Vale, Electrolux, Santander e EY, durante evento promovido pelo Brazil Journal na COP30. Um ponto central foi a importância do custo de capital para viabilizar projetos sustentáveis, tema que entrou no foco das discussões climáticas e financeiras globais.

A CEO da COP30, Ana Toni, ressaltou que o Brasil apresentou um plano para mobilizar US$ 1,3 trilhão para países em desenvolvimento. O objetivo é reduzir o custo do financiamento e criar novos instrumentos para mitigar o impacto das mudanças climáticas. Segundo ela, sem enfrentar o custo do dinheiro, a transição não avança.

Na prática, as empresas enfrentam desafios financeiros. Vivian Mac Knight, da Vale, afirmou que a mineradora já identificou tecnologias para cortar emissões, mas que os projetos esbarram na falta de viabilidade econômica. É o caso do escopo 3, que inclui emissões indiretas, majoritariamente na cadeia chinesa de siderurgia.

A Electrolux destacou o impacto do consumo, apontando que 85% das emissões de seus produtos estão no uso, não na produção. Trocar milhões de aparelhos antigos por modelos eficientes poderia reduzir o consumo nacional em 1%, mas depende de crédito acessível. Santander ressaltou ainda a necessidade de padronizar indicadores de sustentabilidade para evitar burocracia.

Para a EY, o Brasil tem potencial verde, mas falta valorizar a economia circular dentro das empresas. O consenso é que a transição depende de retorno ajustado ao risco, padronização e instrumentos financeiros robustos para tirar projetos do papel.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.