COP30: Espaços para empresas, ONGs e países na conferência

Entenda como será a participação de empresas e ONGs na COP30.
05/06/2025 às 14:02 | Atualizado há 3 meses
COP30 em Belém
COP30 investe R$ 250 milhões em custeio através de vendas e patrocínios privados. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30 em Belém) oficializou a contratação das empresas responsáveis pela construção das estruturas temporárias para o evento, totalizando R$ 250,1 milhões. Assim como em edições anteriores, haverá a comercialização de espaços, incluindo pavilhões e escritórios de delegação, abrindo oportunidades para diversos participantes.

Empresas privadas, ONGs e representantes de países em breve poderão adquirir esses espaços. Uma entidade jurídica poderá alugar um local específico para apresentar temas como energia limpa ou agricultura sustentável. O governo realizará uma triagem, com o poder de vetar empresas com histórico de condenações.

A organização da COP30 em Belém espera cobrir grande parte dos custos do evento com a venda desses espaços e com patrocínios de empresas privadas. Essa estratégia de financiamento visa otimizar o uso de recursos públicos e maximizar o impacto do encontro.

O evento será dividido em áreas distintas. A blue zone, sob a administração da Organização das Nações Unidas (ONU), receberá as delegações oficiais e a Cúpula de Líderes. Já a green zone será destinada a empresários, sociedade civil, ONGs, governos subnacionais, pessoas jurídicas, instituições científicas e movimentos sociais.

A empresa DMDL foi contratada para a montagem da blue zone, sob a supervisão do Secretariado das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), no valor de R$ 182,6 milhões. O Consórcio Pronto RG será responsável pela instalação da green zone, coordenada pelo governo brasileiro, com um investimento de R$ 67,5 milhões.

De acordo com a Secretaria Extraordinária da COP30 em Belém, a fase de contratação gerou uma economia de R$ 7,3 milhões em relação aos orçamentos iniciais. A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) está mediando a contratação das empresas encarregadas da construção das estruturas temporárias.

Na prática, o governo federal arcará inicialmente com os custos de contratação, mas receberá uma parte dos recursos provenientes da comercialização dos espaços e de patrocínios. A receita gerada poderá cobrir parcial ou totalmente os gastos federais, dependendo da demanda por patrocínio e da venda dos espaços.

A previsão é que a construção das estruturas temporárias comece no início de julho, no Parque da Cidade em Belém (PA). As contratações foram precedidas por análises técnicas realizadas pela Secretaria Extraordinária para a COP30 em Belém, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.