O mercado financeiro dos EUA está atento à possibilidade de um corte de juros na próxima reunião do Fomc. Apesar das expectativas, o fechamento do governo pode trazer incertezas e atrasar essa decisão. A situação atual gera preocupação sobre o impacto na economia e nas projeções futuras.
Will Castro, estrategista-chefe da Avenue, acredita que o Fed deve prosseguir com o corte de juros. Contudo, a falta de dados devido ao shutdown complica a análise do cenário econômico. As apostas em um corte de 0,25 ponto percentual estão em alta, mas os diretores do Fed precisam considerar a situação atual para justificar sua decisão.
Castro destaca a importância da comunicação do Fed ao abordar o impacto do shutdown. A expectativa é que a taxa básica não caia abaixo de 3% neste ciclo. A inflação e o mercado de trabalho permanecem como fatores cruciais a serem observados, à medida que o crescimento econômico continua e pressões nos preços se mantêm.
O mercado financeiro dos Estados Unidos aguarda com grande expectativa a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), onde um corte de juros é amplamente previsto. No entanto, a decisão final de dezembro pode ser influenciada por um fator crítico: o shutdown do governo. A possibilidade de uma paralisação governamental adiciona incerteza ao cenário econômico, impactando as projeções futuras.
Will Castro, estrategista-chefe da Avenue, destaca que seria surpreendente se o banco central não prosseguisse com o corte de juros. Essa medida é vista como essencial para evitar turbulências significativas no mercado. As apostas em um novo corte de 0,25 ponto percentual são elevadas, com o CME FedWatch Tool indicando uma probabilidade de 96,7%.
Castro acredita que os diretores do Federal Reserve (Fed) devem enfatizar o impacto do shutdown para justificar a indefinição sobre a decisão de dezembro. A falta de dados precisos devido à paralisação limita a capacidade de análise do cenário econômico, tornando a comunicação mais cautelosa.
Segundo o estrategista, o banco central dos Estados Unidos deve adotar um tom mais comedido no comunicado e na coletiva do presidente Jerome Powell. O objetivo seria conter as expectativas do mercado, que já antecipa novos cortes consecutivos após o de outubro. A comunicação do corte de juros será crucial.
Ainda assim, Castro espera que o Fomc realize o corte de juros em dezembro, mesmo com a ausência de dados. Ele considera pouco provável que o comitê interrompa a flexibilização monetária. Caso o shutdown persista, a comunicação pode ser ajustada para indicar que não haverá mais cortes em janeiro.
Castro ressalta que não prevê a taxa básica norte-americana abaixo de 3% no atual ciclo de cortes. Ele estima que o Fed deve encerrar o ciclo em torno de 3,5%, com a possibilidade de um último ajuste em janeiro de 2026. O mercado de trabalho e a inflação continuam sendo fatores importantes na análise do Fed.
Na última reunião, o Fomc retomou a flexibilização monetária em resposta aos sinais de fraqueza no mercado de trabalho dos Estados Unidos. A dinâmica do mercado de trabalho ainda reflete um choque temporário provocado por mudanças migratórias, que reduziram o fluxo de mão de obra.
Castro observa que a economia continua a crescer, com o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre previsto para ser forte, próximo de 3%. Esse crescimento contínuo, mais cedo ou mais tarde, deve gerar empregos. Embora setores ligados à tecnologia e inteligência artificial demandem menos trabalhadores, o crescimento se espalha por outras áreas.
Em relação à inflação, o estrategista afirma que os preços ainda preocupam, pois estão acima da meta de 2%. No entanto, ele aponta fatores positivos na composição dos preços. A principal pressão vem do setor de moradia, cuja alta já mostra sinais de arrefecimento.
Os bens industriais sobem abaixo da meta, e o impacto das tarifas sobre produtos importados é menor do que o previsto. A atenção maior deve permanecer sobre os preços de serviços, que seguem pressionados. As decisões sobre o corte de juros também dependem desses fatores.
Com o fim do mandato de Powell se aproximando, Castro avalia que o tema da sucessão deve ganhar força nos próximos meses, mas sem gerar impactos imediatos sobre a política monetária. A escolha do novo presidente do Fed pode influenciar a direção futura da política monetária.
A possibilidade de Stephen Miran como novo presidente do Fed suscitaria dúvidas no mercado devido a questões de intervenção política. Outros candidatos, como Christopher Waller, são considerados extremamente capazes, o que reduziria essa incerteza. Essa transição faz parte do processo no banco central norte-americano.
A decisão do Federal Reserve sobre o corte de juros, influenciada pelo shutdown e outros fatores econômicos, terá um impacto significativo no mercado financeiro e na economia dos Estados Unidos. Acompanhar de perto as próximas decisões do Fed será crucial para entender as perspectivas econômicas futuras.
Via Money Times