Corte de Juros nos EUA e Selic Estável em 15% no Brasil

Acompanhe o início do ciclo de cortes de juros nos EUA e a estabilidade da Selic em 15% no Brasil.
15/09/2025 às 09:02 | Atualizado há 5 dias
Taxa de juros
Projeções de crescimento do IBC-Br em julho com análise de André Galhardo. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Com a economia global em transformação, investidores aguardam indicadores econômicos cruciais. No Brasil, o foco está no IBC-Br e na taxa de desocupação, enquanto os EUA se preparam para cortes de juros pelo Federal Reserve.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central deve mostrar um crescimento de 0,7% em julho. Isso ocorre após dois meses de queda, refletindo a resiliência econômica, mesmo em meio a sinais de desaceleração. A taxa de desocupação pode cair de 5,8% para 5,6%, evidenciando um mercado de trabalho que, apesar da economia lenta, mostra sinais de recuperação.

O Copom deve manter a Selic em 15%, mas indicações de possíveis cortes podem surgir em dezembro. Nos EUA, o Fed deve cortar juros em resposta a uma economia em desaceleração. Grandes decisões de bancos centrais serão divulgadas ao longo da semana.
Com a economia global em constante movimento, investidores e analistas aguardam ansiosamente os principais indicadores econômicos que moldarão as decisões financeiras da semana. No Brasil, as atenções se voltam para o IBC-Br e a taxa de desocupação, enquanto nos Estados Unidos, a expectativa é sobre o início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). As decisões sobre a taxa de juros no Reino Unido, Japão e China também serão cruciais.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) deve apresentar um crescimento de 0,7% em julho, de acordo com projeções. Esse aumento surge após dois meses de queda, podendo compensar as perdas acumuladas no segundo trimestre. Apesar desse possível alívio no curto prazo, sinais de desaceleração econômica permanecem. A combinação de um mercado de trabalho mais lento, menor acesso ao crédito e os efeitos da política monetária restringe uma recuperação mais forte.

Ainda assim, medidas governamentais como o pagamento de precatórios e programas de estímulo ao consumo podem oferecer suporte adicional à demanda, atenuando a perda de dinamismo observada nos últimos meses. O Banco Central divulgará o índice nesta segunda-feira (15).

A Pnad Contínua deve indicar uma queda na taxa de desocupação, de 5,8% para 5,6%, no trimestre encerrado em julho. Essa confirmação da melhora no mercado de trabalho ocorre mesmo com a desaceleração da economia brasileira. O mercado de trabalho, impactado pelo aperto monetário, demonstra resiliência e pode atingir mínimas históricas no segundo semestre de 2025. A divulgação deste indicador está prevista para terça-feira (16).

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a taxa Selic em 15% ao ano nesta reunião, mesmo diante de sinais de perda de fôlego na atividade econômica e na inflação. Essa decisão reflete a necessidade de manter a coerência com a postura adotada desde o final do ano passado e os riscos inflacionários ainda presentes.

Ainda assim, o comunicado e a ata da reunião podem indicar a possibilidade de um corte na última reunião de 2025, em dezembro. A expectativa é de que o Copom promova um corte de 0,5 ponto percentual em dezembro, aliviando a trajetória da dívida pública. A decisão do Copom será anunciada na noite de quarta-feira (17).

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) deve iniciar o ciclo de cortes de juros, embora com cautela devido aos riscos inflacionários decorrentes de medidas comerciais recentes. A expectativa é de um corte marginal de 25 pontos-base na taxa de juros. A decisão do Fed também será divulgada na quarta-feira.

Indicadores de vendas no varejo e produção industrial dos EUA, a serem divulgados na terça-feira (16), devem confirmar a desaceleração da economia. Esse enfraquecimento do mercado de trabalho e da atividade econômica pode justificar o início do ciclo de cortes de juros pelo Fed.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra pode optar por manter a taxa de juros inalterada, considerando a persistência da inflação e sinais de resiliência econômica. A decisão será anunciada na quinta-feira (18).

No Japão, a economia apresenta sinais de força, mas a depreciação do iene pressiona o Banco do Japão. Embora a taxa de juros possa ser mantida estável no momento, o banco central pode preparar o terreno para um novo ajuste em 2025. A decisão será divulgada na madrugada de sexta-feira (19).

Na China, o Banco do Povo deve anunciar novos cortes de juros de 1 e 5 anos, buscando estimular a atividade doméstica em um cenário de crescimento mais moderado. A nova taxa de juros será divulgada na sexta-feira (19).

As decisões dos bancos centrais e os indicadores econômicos da semana serão cruciais para entender o cenário econômico global e orientar as estratégias de investidores e empresas. Acompanhar de perto esses movimentos é essencial para tomar decisões financeiras informadas e eficazes.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.