Com o avanço da automação, a Amazon anunciou cortes significativos em sua equipe de gerência média. A decisão, que atingiu cerca de 14 mil funcioná
rios, questiona o papel da inteligência artificial no mercado de trabalho. A expectativa é que algoritmos possam substituir funções desempenhadas por humanos, tornando a empresa mais ágil.
A reestruturação da Amazon coincide com uma tendência maior de adoção de IA nas empresas. Segundo analistas, até 2026, uma em cada cinco organizações pode usar essa tecnologia para reduzir a gestão em até 50%. A pressão por produtividade e redução de custos está promovendo a aceitação de sistemas que automatizam tarefas e simplificam processos gerenciais.
O cenário é preocupante para jovens profissionais, que encontram um mercado em retração. Além da Amazon, outras grandes empresas também estão fazendo demissões significativas, indicando uma reestruturação geral na indústria. Especialistas alertam que os cortes podem ultrapassar aqueles vistos em recessões anteriores, com a automação se expandindo aos cargos de escritório.
Com a crescente automação e o avanço da inteligência artificial (IA), muitos se perguntam sobre o futuro do trabalho. Recentemente, a Amazon surpreendeu ao anunciar Cortes na Amazon, não nos esperados empregos de linha de frente, mas sim em cargos de gerência média. Essa decisão levanta questões importantes sobre como a IA está realmente transformando o mercado de trabalho.
A Amazon anunciou a redução de aproximadamente 14 mil posições corporativas, cerca de 4% de sua força de trabalho de escritório. A reestruturação visa simplificar a hierarquia e otimizar a tomada de decisões, apostando que algoritmos de IA generativa podem assumir funções antes desempenhadas por gerentes.
Segundo Beth Galetti, vice-presidente sênior da Amazon, os cortes visam tornar a empresa mais ágil, expandindo investimentos em IA generativa. O CEO Andy Jassy já havia mencionado a necessidade de menos pessoas em certas funções, devido ao crescente papel da IA no planejamento e análise.
Essa tendência não se limita à Amazon. Empresas americanas estão adotando sistemas de IA generativa para otimizar tarefas gerenciais, como sintetizar informações, redigir documentos e resumir reuniões. Embora não seja certo que os Cortes na Amazon sejam diretamente causados pela IA, a pressão para aumentar a produtividade e reduzir custos torna a tecnologia atrativa.
Analistas da Gartner preveem que, até 2026, uma em cada cinco organizações utilizará a IA para eliminar metade de seus níveis de gestão. O momento é delicado para jovens profissionais, já que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou para a diminuição nas contratações, especialmente para iniciantes de carreira.
Brian Chesky, CEO do Airbnb, observou que empresas estão segurando novas contratações, esperando manter equipes menores com o aumento da produtividade. Além da Amazon, a Target e a Paramount também anunciaram demissões, indicando uma possível reestruturação generalizada.
Um relatório da Challenger, Gray & Christmas revelou que empregadores nos EUA anunciaram quase um milhão de cortes de empregos este ano. Mais de 17 mil desses cortes foram explicitamente atribuídos à inteligência artificial e outros 20 mil à automação e atualizações tecnológicas.
Andy Challenger, vice-presidente sênior da Challenger, Gray & Christmas, ressalta que o número de cortes pode ultrapassar um milhão pela primeira vez desde 2020. Períodos anteriores com tantos cortes ocorreram durante recessões ou durante a primeira onda de automação na manufatura e tecnologia. A estratégia de Cortes na Amazon pode ser um indicativo de que a automação chegou aos cargos de escritório.
Via InfoMoney
