Cosan negocia venda de participação da Raízen para Mitsubishi por R$ 10 bilhões

Cosan negocia a venda de participação na Raízen por R$ 10 bilhões, visando fortalecer a empresa. Entenda os detalhes desta transação.
02/09/2025 às 12:03 | Atualizado há 2 dias
Venda de participação da Raízen
Mitsubishi avalia proposta de compra das ações da Raízen em fase inicial de conversas. (Imagem/Reprodução: Investnews)

A Raízen, produtora de açúcar e etanol, está em conversas para vender parte de seu capital para a Mitsubishi. Essa transação, que pode chegar a R$ 10 bilhões, visa reforçar a estrutura financeira da empresa. Informações indicam que as negociações estão em estágios iniciais e a Mitsubishi estuda fazer uma proposta.

O interesse da Mitsubishi pode auxiliar na expansão de suas atividades no setor de açúcar e etanol no Brasil. À medida que as conversas se desenrolam, a Cosan, controladora da Raízen, busca estratégias para reduzir seu endividamento e trazer novos recursos. Pouco foi comentado oficialmente sobre essas conversas, mas a necessidade de um parceiro estratégico é evidente.

Se a venda se concretizar, pode haver um impacto significativo no mercado de açúcar e etanol do Brasil. A Raízen, que enfrenta desafios financeiros, poderá ganhar fôlego e oportunidades de crescimento. O setor aguarda ansiosamente os próximos passos das negociações e o possível fortalecimento da empresa no mercado.
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A produtora brasileira de açúcar e etanol, Raízen, está em negociações para a Venda de participação da Raízen para a Mitsubishi. A transação faz parte de um plano estratégico para fortalecer o capital da empresa, conforme informações de fontes familiarizadas com o assunto.

As discussões ainda estão em fase preliminar, e a Mitsubishi está avaliando a possibilidade de fazer uma proposta formal pelas ações da Raízen. As fontes, que preferiram não se identificar devido ao caráter confidencial das negociações, destacam que o processo está em andamento.

A Raízen é resultado de uma joint venture estabelecida entre a Cosan e a Shell, uma empresa de produção de petróleo com sede em Londres. A Cosan busca um aporte de capital de R$ 10 bilhões (US$ 1,8 bilhão) na Raízen, visando reduzir seu endividamento.

Nem a Cosan, nem a Shell, nem a própria Raízen ou a Mitsubishi quiseram se pronunciar sobre o tema. As instituições financeiras Itaú, Citigroup e Lazard, que estão conduzindo as negociações, também optaram por não comentar.

No primeiro trimestre, a Raízen apresentou um prejuízo líquido de R$ 1,84 bilhão. O endividamento da empresa tem crescido em relação ao lucro, impulsionado por empréstimos destinados à substituição de fornecedores. De acordo com a XP, a dívida líquida atingiu 4,5 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA).

Apesar das notícias, as ações da Raízen registraram uma alta de 3,2% em São Paulo. Contudo, as ações da empresa ainda acumulam uma queda de 42% no decorrer deste ano.

Em uma teleconferência realizada em agosto, o diretor financeiro da empresa, Rafael Bergman, já havia mencionado que a Raízen estava em negociação com seus controladores para uma injeção de capital, indicando a busca por alternativas para fortalecer a estrutura financeira da empresa.

A Cosan, que também é co-controladora da Raízen, está passando por um processo de desinvestimento, com um plano que envolve a venda de ativos e a desaceleração de sua expansão. Essa estratégia é uma resposta aos elevados custos dos empréstimos no Brasil, que têm impactado suas finanças.

De acordo com o CEO Marcelo Martins, em uma teleconferência realizada em agosto, a Cosan não planeja injetar capital próprio na Raízen, mas considera interessante a alternativa de atrair um parceiro estratégico para investir na empresa. Essa declaração reforça a busca por novas fontes de financiamento e a reestruturação em curso.

A possível Venda de participação da Raízen para a Mitsubishi pode representar uma oportunidade para a empresa fortalecer sua posição no mercado e reduzir seu endividamento, além de atrair um novo parceiro estratégico com experiência no setor.

A Mitsubishi, por sua vez, pode expandir sua atuação no mercado de açúcar e etanol no Brasil, aproveitando a infraestrutura e o conhecimento da Raízen. As negociações em andamento indicam um cenário de possíveis mudanças no controle da Raízen e um novo capítulo em sua trajetória no mercado brasileiro.

O mercado aguarda ansiosamente os próximos desdobramentos dessas negociações, que podem ter um impacto significativo no setor de açúcar e etanol no Brasil. A Venda de participação da Raízen para a Mitsubishi, se concretizada, poderá trazer novos investimentos e impulsionar o crescimento da empresa, além de gerar novas oportunidades para o setor.

Via InvestNews
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.