Crânio humano com formato cúbico de 1.400 anos é descoberto no México

Descoberta rara de crânio cúbico de 1.400 anos no México revela práticas culturais antigas.
09/12/2025 às 20:41 | Atualizado há 4 dias
               
Modificação craniana única como possível marcador social entre antigos povos. (Imagem/Reprodução: Super)

No sítio arqueológico Balcón de Montezuma, México, foi encontrado um crânio humano com formato incomum, semelhante a um cubo, datado em 1.400 anos. Pertencia a um homem de 40 anos que viveu em uma aldeia com casas circulares habitada por grupos mesoamericanos.

A modificação craniana na Mesoamérica era comum, mas este crânio tem formato único, com arestas retas, diferente dos tradicionais crânios alongados. Essa prática pode indicar um marcador social ligado a grupos específicos da região.

Análises confirmaram que o indivíduo nasceu e viveu na Sierra Madre Ocidental. A descoberta amplia o entendimento sobre a diversidade cultural e as tradições antigas da Mesoamérica.

No sítio arqueológico Balcón de Montezuma, no México, foi descoberto um crânio humano com formato incomum, semelhante a um cubo. Datado em 1.400 anos, o fóssil pertenceu a um homem de 40 anos que viveu em uma aldeia com casas circulares. Essa região foi habitada por diferentes grupos mesoamericanos entre 650 a.C. e 1200 d.C.

A prática de modificação craniana na Mesoamérica já era conhecida, principalmente na forma de crânios alongados chamados oblíquos, obtidos ao usar placas e bandagens na cabeça de bebês. Contudo, o formato achatado e com arestas retas do crânio encontrado é único, diferindo dos crânios tabulares, que possuem ângulos retos mas são direcionados para cima.

Pesquisadores especulam que esse tipo de modificação funcionava como um marcador social, indicando pertencimento a grupos específicos. Como modelos semelhantes foram identificados em áreas mais ao sul, como Veracruz e regiões maias, houve dúvida se o indivíduo era local ou migrante.

Para esclarecer, análises de isótopos estáveis de oxigênio e bioapatita foram feitas em ossos e dentes, confirmando que ele nasceu e viveu na região da Sierra Madre Ocidental, descartando migração direta. É possível, contudo, que a modificação tenha sido influenciada por grupos vizinhos.

Essa descoberta abre caminhos para entender práticas culturais menos documentadas e sua diversidade na mesoamérica antiga, destacando a complexidade das identidades e tradições locais há mais de mil anos.

Via Superinteressante

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.