Crédito apresenta queda de 3,9% em março, mas fecha 1T25 em alta

A busca por crédito caiu 3,9% em março, mas acumulou alta de 10% no primeiro trimestre de 2025.
01/06/2025 às 16:48 | Atualizado há 6 dias
Demanda por crédito
Financiamento no Brasil caiu 3,9% em março, mas cresceu 9,7% em relação a março de 2024. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

No cenário econômico brasileiro, a busca por **financiamento** apresentou uma leve retração em março, com uma queda de 3,9% em relação a fevereiro. Apesar desse recuo mensal, a demanda por crédito no país demonstra resiliência, impulsionada por um crescimento significativo de 9,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) encerrou o primeiro trimestre com um aumento acumulado de 10%, sinalizando um panorama promissor para o setor.

Os dados, provenientes da Neurotech, empresa especializada em soluções de Inteligência Artificial, *Machine Learning* e *Big Data*, sugerem um desempenho robusto do mercado de crédito no início de 2025. Segundo a Neurotech, a trajetória ascendente observada nos primeiros meses do ano pode indicar um período favorável para a oferta de crédito no Brasil.

Natália Heimann, líder da Business Unit de Dados & Analytics para Crédito da Neurotech, destaca o início de ano positivo para a oferta de crédito, com crescimentos consecutivos que não eram observados há algum tempo. Em fevereiro, o aumento foi ainda mais expressivo, atingindo cerca de 15% em relação ao ano anterior.

Os bancos e demais instituições financeiras tiveram um papel importante no avanço do INDC em março, com um aumento de 42% na busca por crédito em comparação com o mesmo mês de 2024. O setor de varejo também apresentou um crescimento, embora mais modesto, de 3% no mesmo período.

As micro e pequenas empresas (MPEs) se destacaram na análise setorial, com altas expressivas na movimentação de crédito, de 45% e 72%, respectivamente, em relação ao ano anterior. As grandes empresas também registraram um aumento na demanda, com um crescimento de 12%. Em contrapartida, as empresas de médio porte apresentaram uma queda de 32% na busca por crédito.

Apesar da queda de 3,9% do INDC em março em relação a fevereiro, Natália Heimann ressalta que esse recuo não compromete a expectativa de um cenário positivo para o setor. Com a estabilização gradual da economia brasileira, a especialista vislumbra um ano movimentado para o mercado de crédito. A análise dos dados da Neurotech revela nuances importantes sobre o comportamento da demanda por crédito no Brasil.

A estabilização da economia brasileira pode impulsionar a demanda por crédito nos próximos meses, mantendo o setor aquecido ao longo do ano. As perspectivas para o mercado de crédito em 2025 são otimistas, refletindo a confiança dos agentes econômicos na recuperação e no crescimento sustentável do país.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.