Crescimento do Crédito se Mantém Estável em Julho, diz Febraban

Descubra como o crédito cresceu em julho e o que isso significa para o futuro econômico do Brasil.
25/08/2025 às 17:42 | Atualizado há 11 horas
Crescimento do crédito
Bancos projetam crescimento de 10,7% nos empréstimos até julho de 2024. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O crescimento do crédito no Brasil em julho de 2024 se manteve estável, com uma alta de 10,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A prévia da Febraban também indica um aumento de 0,4% no saldo de crédito no Sistema Financeiro Nacional. Esse movimento está atrelado principalmente aos recursos destinados às empresas, que devem ser os grandes responsáveis por esse crescimento.

A pesquisa da Febraban revela que o crédito direcionado a empresas deve crescer de 8,8% em junho para 9,8% em julho. Enquanto isso, a carteira de Pessoa Jurídica Livre apresenta uma leve retração de 0,3% comparada ao mês anterior, melhorando em relação a julho de 2023. Os empréstimos direcionados também avançam, refletindo uma evolução significativa de 14,3% na comparação anual.

Entretanto, o crédito às famílias passa por uma desaceleração, com a taxa de crescimento anual descendo de 11,9% para 11,3%. Apesar do crescimento das concessões de crédito em julho, há alerta sobre sinais de desaceleração. Segundo Rubens Sardenberg, é aguardado um impacto moderador no segundo semestre, refletindo as políticas monetárias em vigor.
O crescimento do crédito no Brasil em julho de 2024 deve ter se mantido estável, com uma alta de 10,7% em comparação com o mesmo período de 2023. A estimativa é da Pesquisa Especial de Crédito da Febraban, que também aponta para um aumento de 0,4% no saldo de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) em relação a junho. A expectativa é que o impulso venha, sobretudo, dos recursos direcionados às empresas.

A pesquisa da Febraban indica que o crescimento anual dos recursos direcionados a empresas deve aumentar de 8,8% em junho para 9,8% em julho. A carteira de Pessoa Jurídica Livre deve apresentar uma retração de 0,3% no mês, um resultado bem melhor que a queda de 1,2% registrada em julho de 2023. Os empréstimos direcionados devem avançar 1,3% no mês, elevando o ritmo de expansão anual de 13,3% para 14,3%.

Segundo a Febraban, os programas governamentais e os recursos via BNDES são os principais impulsionadores desse crescimento. Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, explicou que as mudanças no IOF alteraram o padrão de sazonalidade negativa no crédito às empresas em julho, especialmente nas operações de risco sacado.

A medida que permitiu a retomada do uso da linha de crédito sacado fez com que empresas antecipassem o uso da linha para maio e reduzisse o fôlego em junho. Em julho, com a derrubada da alteração pelo Congresso, parte das empresas voltou a acionar essa modalidade, impulsionando o crescimento do crédito.

No crédito às famílias, a expansão anual teve uma leve desaceleração, passando de 11,9% para 11,3%. Os recursos direcionados também apresentaram queda no ritmo de crescimento anual, de 11,3% em junho para 10,7% em julho, com sinais de enfraquecimento no crédito rural.

As concessões de crédito devem ter crescido 5,5% em julho na comparação com junho, mas, com o ajuste pelo número de dias úteis, há uma retração de 8,2% no período. O volume destinado às famílias deve diminuir 6,2%, enquanto o destinado às empresas deve ter retração de 10,7%. Na comparação anual, que elimina efeitos sazonais, há alta de 8,5%.

Apesar do alívio pontual, Rubens Sardenberg observa que o crédito como um todo vem mostrando sinais de desaceleração. Os dados das concessões e o comportamento do saldo das carteiras indicam que a tendência ao longo do segundo semestre é de moderação, refletindo os efeitos contracionistas da política monetária.

A pesquisa da Febraban serve como uma prévia da Nota de Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central. A próxima divulgação está agendada para esta quarta-feira (27), onde será possível confirmar se a tendência de crescimento do crédito se mantém.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.