Criador do Estúdio Ghibli expressa suas inquietações sobre a inteligência artificial

28/03/2025 às 17:16 | Atualizado há 4 meses
Ghibli do ChatGPT
A animação deve celebrar a vida, não imitá-la com tecnologia fria. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)

A mais recente atualização do ChatGPT está incentivando uma tendência curiosa nas redes sociais: a troca de fotos de perfil por imagens no estilo do famoso Estúdio Ghibli. A ferramenta de IA generativa agora oferece a capacidade de transformar fotos em desenhos que lembram as animações icônicas como *A Viagem de Chihiro*, o que tem atraído muitos usuários a experimentarem essa novidade.

O próprio Sam Altman, fundador da OpenAI, aderiu à moda e incentivou a “ghiblificação” entre os usuários. No entanto, a novidade não foi bem recebida por todos. Fãs do estúdio e artistas expressaram descontentamento, alegando que essa ferramenta promove uma espécie de “roubo” de estilos artísticos.

A funcionalidade Ghibli do ChatGPT permite aos usuários aplicar um filtro que transforma suas fotos em ilustrações com a estética dos filmes do Estúdio Ghibli. Essa opção tem se mostrado popular entre aqueles que buscam personalizar seus avatares de maneira criativa e divertida, aproveitando a nostalgia e o encanto associados às animações japonesas.

Apesar do entusiasmo de parte dos usuários, a ferramenta também gerou controvérsia. Artistas e fãs do Estúdio Ghibli argumentam que a IA generativa se apropria de estilos artísticos existentes sem o devido reconhecimento ou compensação aos criadores originais. Essa discussão levanta questões importantes sobre direitos autorais e a ética no uso de inteligência artificial na criação de conteúdo.

A polêmica em torno do Ghibli do ChatGPT reflete um debate mais amplo sobre o impacto da IA no mundo da arte e da criatividade. Enquanto alguns veem as ferramentas de IA como aliadas na produção de conteúdo, outros temem que elas possam desvalorizar o trabalho artístico e até mesmo infringir direitos autorais.

Essa situação destaca a necessidade de um diálogo contínuo sobre como a IA deve ser utilizada no campo criativo, garantindo que os direitos dos artistas sejam protegidos e que a inovação tecnológica não comprometa a integridade e a originalidade da arte. As discussões sobre a ética e a responsabilidade no uso de IA generativa continuam a evoluir à medida que a tecnologia avança.

Via TecMundo

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.