Após apagões em São Paulo, a concessão da Enel está sob ameaça. O Ministério de Minas e Energia iniciou processo de caducidade, questionando a credibilidade da empresa.
O contrato termina em 2028 e o mercado já considera interessados como Neoenergia, CPFL e Equatorial para assumir a concessão. A situação remete à venda da concessão em Goiás para Equatorial.
A possível saída da Enel pode alterar significativamente o setor elétrico. Outras distribuidoras também estão sob atenção, dado o precedente que será criado.
Após repetidos problemas que causaram apagões em São Paulo, a possibilidade de renovação da concessão da Enel São Paulo está ameaçada. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comunicou que a ANEEL iniciará o processo de caducidade da concessão, atendendo reivindicações do prefeito Ricardo Nunes e do governador Tarcísio de Freitas. Silveira afirmou que a Enel “perdeu a credibilidade” e não está apta para continuar no comando da distribuição de energia.
O contrato vigente termina em maio de 2028, e a Enel havia solicitado um adiantamento da renovação. A decisão da ANEEL será decisiva para o futuro da concessão, que é a maior distribuidora de energia da América Latina, atendendo quase 18 milhões de pessoas. Caso a caducidade ocorra, este será um movimento inédito para uma concessão deste porte no país.
O mercado já discute possíveis compradores para a concessão, citando empresas como Neoenergia, Equatorial, Âmbar Energia e, especialmente, CPFL, que pode se beneficiar das sinergias operacionais devido à proximidade de outras concessões.
Esse cenário lembra o caso em Goiás, onde a pressão do governo estadual levou a Enel a vender a concessão para a Equatorial, evitando o processo oficial de caducidade. Analistas apontam que diante da proximidade do fim do contrato em São Paulo, a venda pode ser a saída mais viável para a Enel, possivelmente garantindo um retorno financeiro maior do que o que teria em um processo de caducidade.
A saída da Enel pode causar impacto no setor, já que outras distribuidoras enfrentam desafios semelhantes e terão seus contratos observados após este precedente.
Via Brazil Journal