CSN procura assessores para venda de ativos logísticos de R$ 25 bilhões

A CSN está em busca de assessores para vender ativos de logística avaliados em R$ 25 bilhões.
01/08/2025 às 21:21 | Atualizado há 3 meses
               
Venda de ativos da CSN
Benjamin Steinbruch busca diminuir a alavancagem da companhia para fortalecer sua posição. (Imagem/Reprodução: Investnews)

O grupo CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) está nos estágios finais para contratar assessores financeiros. O objetivo é estruturar a venda de ativos da CSN em seu portfólio de logística, avaliado em R$ 25 bilhões. Essa estratégia é fundamental para acelerar o processo de desalavancagem financeira da companhia. A prioridade da CSN é reduzir sua alavancagem de forma eficiente e rápida.

Benjamin Steinbruch, presidente-executivo da CSN, comunicou durante uma conferência com analistas que a escolha dos assessores está quase finalizada. O plano, que já havia sido mencionado pela empresa, envolve a venda de uma participação entre 20% e 40% em cinco ativos estratégicos. Entre esses ativos estão a ferrovia Transnordestina e terminais portuários.

Marco Rabello, diretor executivo, informou que a expectativa é apresentar uma sinalização mais formal sobre a venda de ativos da CSN até o final deste ano. Rabello detalhou que, do valor total dos ativos, aproximadamente R$ 8 bilhões correspondem aos localizados na região Sudeste. A meta da companhia é reduzir sua alavancagem financeira para menos de três vezes até o final de 2025.

A alavancagem financeira é medida pela relação dívida líquida/EBITDA. No final de junho, esse indicador estava em 3,24 vezes. Em relação à recente venda de ações da Usiminas, Rabello classificou a operação como um passo importante. Essa ação visa cumprir a determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para reduzir a participação da CSN na empresa rival.

A CSN também prevê uma queda nos custos de produção de aço no segundo semestre. Essa expectativa é impulsionada pela melhora operacional do alto-forno 3 da usina de Volta Redonda. A empresa espera que o investimento para este ano se mantenha na faixa prevista de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões.

No âmbito comercial, o diretor Luis Fernando Martinez anunciou um reajuste de 8% a 10% nos preços de aços longos nas próximas semanas. Para aços planos, a companhia avalia a possibilidade de recuperação de preços no terceiro trimestre. Atualmente, o prêmio para aços planos está entre 5% e 10%.

A CSN reduziu seu prejuízo líquido em 41,7% no segundo trimestre, totalizando R$ 130,4 milhões. Essa redução foi comparada com o mesmo período do ano anterior. A empresa atribuiu esse resultado a efeitos positivos da reversão de contingências e das operações com hedge de minério. O prejuízo ficou abaixo do esperado por analistas, cuja projeção média era de R$ 139,3 milhões.

A venda de ativos da CSN representa uma estratégia crucial para a empresa alcançar suas metas de desalavancagem financeira e otimizar seus investimentos. A companhia busca fortalecer sua posição no mercado e melhorar seus resultados operacionais. Os próximos meses serão determinantes para a concretização desse plano.

Via InvestNews

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.