Mary Daly, presidente do Federal Reserve de São Francisco, levantou preocupações sobre o corte de 50 pontos-base na taxa de juros em setembro. Segundo ela, essa medida poderia criar uma falsa urgência quanto à saúde do mercado de trabalho nos EUA.
Daly observa que essa diferença de opiniões dentro do Fed reflete a complexidade atual da economia. Enquanto alguns membros do banco central defendem cortes para estimular a economia, outros, como ela, sugerem cautela diante das incertezas.
A pressão por decisões rápidas no Fed pode aumentar com influências políticas, incluindo do governo e do secretário do Tesouro. A batalha entre ações mais agressivas e uma postura prudente terá impactos significativos sobre a economia americana.
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A presidente do Federal Reserve de São Francisco, Mary Daly, expressou dúvidas sobre a necessidade de um corte na taxa de juros de 50 pontos-base na próxima reunião de setembro. A declaração foi reportada pelo Wall Street Journal, indicando uma possível divergência dentro do banco central americano sobre o ritmo ideal de ajuste da política monetária.
Daly manifestou preocupação de que um corte tão acentuado pudesse transmitir uma sensação de urgência injustificada sobre a saúde do mercado de trabalho nos EUA. “Cinquenta parece, para mim, como se estivéssemos vendo uma urgência – estou preocupada que isso enviaria um sinal de urgência que eu não sinto sobre a força do mercado de trabalho”, afirmou Daly em entrevista ao Journal.
A visão de Mary Daly sobre o corte na taxa de juros
A postura de Daly diverge da crescente expectativa de alguns membros do Fed, que parecem mais inclinados a considerar um corte na taxa de juros já em setembro, diante de sinais de moderação inflacionária e preocupações com o mercado de trabalho. Essa mudança de tom dentro do banco central tem gerado debates e diferentes interpretações sobre o futuro da política monetária americana.
Ainda segundo o Wall Street Journal, Daly apoiou a decisão do Fed de manter a taxa de juros inalterada na reunião anterior. Contudo, ela sinalizou que poderia defender um corte na taxa de juros em setembro, caso as pressões inflacionárias se mostrem mais brandas e as condições do mercado de trabalho continuem a se moderar.
Daly argumenta que a política monetária atual parece excessivamente restritiva para o momento econômico. “A política monetária parece ser muito restritiva para o rumo que a economia está tomando. Portanto, para mim, isso exige uma recalibragem”, explicou Daly ao Journal, defendendo uma transição gradual para uma postura mais neutra ao longo do próximo ano.
Pressões e influências no corte na taxa de juros
O debate sobre o corte na taxa de juros ganha contornos políticos com a pressão do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que tem defendido abertamente essa medida. Além disso, o governo está em busca de um substituto para o atual presidente do Fed, Jerome Powell, com uma lista de candidatos que já chegou a 11 nomes.
O presidente dos EUA, Donald Trump, também tem exercido pressão por uma política de juros mais baixos, o que adiciona um elemento de tensão à discussão sobre o futuro da política monetária. A decisão final sobre o corte na taxa de juros em setembro dependerá da análise dos dados econômicos e da avaliação dos riscos e oportunidades para a economia americana.
Enquanto alguns membros do Fed mostram-se mais propensos a um corte na taxa de juros como forma de estimular a economia, outros, como Mary Daly, defendem uma abordagem mais cautelosa, ponderando os potenciais impactos sobre o mercado de trabalho e a estabilidade financeira.
Via Money Times
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