Nos EUA, a crescente demanda por energia dos data centers de inteligência artificial levou à reativação da usina Fisk, antiga instalação movida a óleo em Chicago que estava prestes a ser desativada.
Essa retomada ocorre devido à sobrecarga no sistema elétrico e ao aumento dos preços no mercado de energia. Usinas que operam em picos, como a Fisk, são economicamente viáveis, embora gerem custos elevados e maior poluição.
As usinas estão localizadas principalmente em bairros de baixa renda, afetando comunidades negras e imigrantes com maior exposição a poluentes tóxicos. Apesar da resistência local, essas unidades são mantidas para garantir a estabilidade elétrica diante do aumento da demanda.
No bairro de Pilsen, em Chicago, uma antiga usina de energia movida a óleo, da década de 1960, a usina Fisk, estava prevista para se aposentar. Porém, a crescente demanda por eletricidade causada pelos data centers de inteligência artificial mudou essa decisão, mantendo a usina em operação.
Essa reativação ocorre em meio ao aumento dos preços no maior mercado de energia dos EUA, a interconexão PJM, que atende 13 estados. A necessidade dos data centers tem sobrecarregado a oferta de eletricidade, tornando usinas de pico a óleo e gás, como a Fisk, economicamente viáveis. Essas unidades funcionam em períodos curtos para suprir picos de demanda, mas geram custos elevados e mais poluição local.
Essas usinas, muitas vezes antigas e sem filtros eficazes contra poluentes, estão concentradas em áreas de baixa renda. A população desses bairros sofre impactos ambientais devido às emissões de dióxido de enxofre e outras substâncias tóxicas. Pesquisas indicam que comunidades predominantemente negras ou imigrantes têm maior probabilidade de viver próximas a essas fontes de poluição.
A Fisk e outras usinas de pico enfrentam resistência local, mas têm sido mantidas para evitar apagões causados por picos no consumo e eventos climáticos extremos. Enquanto isso, investimentos em energia renovável e em tecnologias como baterias avançadas podem reduzir a dependência dessas unidades no futuro.
Apesar da permanência das usinas de pico, a rede busca ampliar a conexão com fontes limpas para atender a crescente demanda sem comprometer a estabilidade do sistema elétrico.
Via Forbes Brasil