Defesa de Daniel Vorcaro, do Banco Master, nega fraude de R$ 12 bilhões

Defesa de Daniel Vorcaro rebate acusações da PF sobre suposta fraude em venda de R$ 12 bilhões em carteiras ao BRB. Práticas usuais, garantias e registros na B3 são destacados para provar lisura da operação.
22/11/2025 às 17:02 | Atualizado há 5 horas
               
Fraudes na venda de carteiras
Defesa de Vorcaro: suspeitas da PF sobre fraudes são infundadas. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, declarou que não há base para as suspeitas de fraude da Polícia Federal em carteiras de R$ 12 bilhões vendidas ao BRB. Trata-se de prática comum no mercado, com empréstimos consignados originados por terceiros e averbados em até 180 dias.

As carteiras estão registradas na B3, com CCBs emitidas e garantias contratuais para substituição ou recompra de créditos ruins. O Master já trocou carteiras irregulares e iniciou recompras, enquanto mais de R$ 10 bilhões foram liquidados, sem exposição direta confirmada pelo BC.

A defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, declarou neste sábado (22) que as suspeitas da Polícia Federal sobre fraudes na venda de carteiras de R$ 12 bilhões ao BRB carecem de base.

As carteiras foram compradas pelo Master de terceiros que originaram empréstimos consignados. Essa é uma prática usual no mercado.

Esses originadores cuidavam da averbação nos órgãos pagadores e enviavam documentos em até 180 dias.

Em nota, a defesa destaca que as carteiras estão registradas na B3. As Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) já geradas permitiram a montagem e repasse ao BRB.

Havia garantias contratuais para substituir ou recomprar créditos ruins. O banco trocou carteiras com documentação irregular e iniciou recompras.

O BRB ficou com outras carteiras e ativos do Master, não investigados. Dos R$ 12,76 bilhões citados, mais de R$ 10 bilhões foram liquidados ou substituídos, conforme nota do BRB.

O valor restante não expõe o Master diretamente, confirmado pelo Banco Central.

As ações do Master, como uso de conta escrow, pagamentos no BRB e garantias de R$ 22,3 bilhões, mostram falta de intenção fraudulenta.

As carteiras investigadas não foram transferidas de vez ao BRB. O BC não viu irregularidades em originações diretas do Master e não abriu punições após seis meses.

As medidas judiciais levaram à liquidação extrajudicial pelo BC, apesar de acordo de venda protocolado em 17 de novembro. A Operação Compliance Zero bloqueou solução de mercado.

Via Money Times

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