O Brasil enfrenta uma lacuna de mão de obra qualificada em inteligência artificial, dificultando o crescimento das startups. A NVIDIA se preocupa com essa escassez e busca ajudar na formação de novos talentos no país.
Jomar Silva, da NVIDIA, destaca que a primeira graduação em IA no Brasil formou uma turma com todos os alunos empregados em 2023, evidenciando o potencial na área. Entretanto, o número de universidades com cursos de IA é ainda insuficiente, o que poderá mudar nos próximos anos, à medida que mais instituições lançam graduações.
Apesar do interesse dos estudantes, há um descompasso entre a formação acadêmica e as exigências do mercado. Silva aponta que muitos alunos carecem de experiência prática com tecnologias atuais, o que pode dificultar a retenção de talentos nas startups, pois muitos são atraídos por grandes empresas após um breve período de capacitação.
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A área de mão de obra em IA no Brasil enfrenta um grande desafio: a falta de profissionais qualificados para atender à crescente demanda do mercado. A NVIDIA, gigante do setor de tecnologia, tem demonstrado preocupação com essa lacuna e busca soluções para impulsionar a formação de novos talentos no país.
Jomar Silva, gerente de relacionamento com desenvolvedores da NVIDIA para a América Latina, destaca que a dificuldade em preparar estudantes para as necessidades das startups é um dos principais obstáculos. A primeira graduação em IA no Brasil, na Universidade Federal de Goiás (UFG), formou sua primeira turma em 2023, com todos os alunos já empregados. Esse sucesso demonstra o potencial e o interesse na área, já que a nota de corte do curso foi superior à de medicina.
Apesar do interesse e da capacidade dos estudantes, o número de universidades que oferecem cursos de IA ainda é insuficiente. Muitas instituições estão começando a lançar graduações na área, o que indica que, em alguns anos, o mercado poderá contar com mais profissionais formados. A familiaridade dos alunos com jogos e tecnologia também facilita a adaptação ao campo da IA, mas ainda existe uma distância entre o conhecimento adquirido na universidade e as exigências do dia a dia profissional.
Segundo Silva, o que se aprende nos cursos, muitas vezes, oferece uma visão geral do setor, sem aprofundar nas técnicas e nos pontos mais relevantes para a prática profissional. A realidade do desenvolvimento e da produção de IA é bastante diferente do que os estudantes vivenciam na faculdade. Na graduação, utilizam Python e data science em computadores Windows, enquanto no mercado de trabalho precisam desenvolver em instâncias na nuvem, utilizando Linux.
Outra dificuldade apontada por Silva é a falta de experiência dos estudantes com tecnologias utilizadas no cotidiano do desenvolvimento de IA, como Kubernetes. Além disso, o nível de conhecimento exigido nas áreas de ciência de dados, visão computacional e LLMs é muito alto para quem está começando. O problema não se restringe ao Brasil, sendo similar em países como Colômbia, Argentina, Uruguai e México.
Para Silva, a retenção de talentos nas startups é um ponto crítico. As empresas investem na capacitação de jovens profissionais, que levam cerca de um ano para se tornarem produtivos. No entanto, quando estão qualificados, acabam atraídos por grandes empresas de tecnologia, que oferecem melhores oportunidades. A NVIDIA tem desempenhado um papel crucial na revolução da inteligência artificial.
Desde os anos 1990, a empresa investe na criação de hardware e software que permitam o desenvolvimento da IA. Em 2012, pesquisadores utilizaram GPUs da NVIDIA para rodar a AlexNet, comprovando a aplicação prática da IA. A partir daí, a demanda por capacidade de computação dobrou a cada seis meses, impulsionando a NVIDIA a inovar continuamente e a criar soluções que unem hardware e software, acelerando o processamento e economizando energia.
Silva ressalta que a inteligência artificial veio para ficar e que estamos apenas começando a explorar seu potencial. A área de aplicação da IA está crescendo bastante, com workshops, hackathons e diversas oportunidades. O executivo acredita que o “jeitinho latino-americano” pode ser um diferencial na criação de tecnologias, já que os softwares desenvolvidos na América Latina precisam funcionar em hardware barato, com conexões de internet instáveis e em ambientes críticos.
A NVIDIA segue inovando, com lançamentos como a linha RTX 50 SUPER, prevista para o final de 2025, e as arquiteturas Rubin, Rubin Ultra e Feynman, focadas em IA de alta performance. No segmento corporativo, a empresa apresentou o DGX Spark e o DGX Station, PCs de IA com chips Grace Blackwell voltados a desenvolvedores e estações de trabalho robustas.
Via Startupi
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